Gêmeos digitais marcam nova fase de transformação nas indústrias

Criando um ambiente virtual e simulando situações, o gêmeo digital tem o objetivo de tornar a indústria mais competitiva ao ampliar as possibilidades de sua aplicação

 23/02/2021 - Publicado há 3 anos
A evolução da indústria chegou na fase da transformação digital, que vem tomando espaço pelo mundo todo – Foto: Gerd Altmann/Pixabay

 

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Novas tecnologias surgem a todo momento e é necessário acompanhá-las. Uma startup formada por alunos da Escola Politécnica da USP, com o intuito de tornar a indústria brasileira mais competitiva, criou um gêmeo digital, uma tecnologia para virtualizar um ambiente e criar simulações. Em entrevista ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição, o professor Cláudio Garcia, coordenador do Laboratório de Controle de Processos Industriais da Escola Politécnica da USP, explica o projeto.

A evolução da indústria chegou na fase da transformação digital, que vem tomando espaço pelo mundo todo. “No Brasil, infelizmente, o desenvolvimento ainda deixa um pouco a desejar. Percebemos que grandes empresas, como a Petrobras, já focam nisso. Mas algumas empresas ainda não se ligaram na importância de se modernizar”, diz Garcia.

A proposta da nova fase é que se digitalize todo o possível dentro das empresas. Através dessa nova tecnologia é possível operar sistemas remotamente, por exemplo. Um dos pilares da transformação digital são os gêmeos digitais. “Um gêmeo digital é um modelo matemático que representa aquele processo. Então, você teria um simulador para representar um processo, como um veículo. O simulador faria com que você se sentisse dirigindo seu carro”, explica.

Em 2015, o professor, juntamente com um ex-orientando, criou uma startup chamada Cursor. O projeto contou com o apoio da Fapesp por alguns anos, mas hoje atua de maneira independente. Cláudio Garcia conta que talvez seja necessário sair em busca de outros mercados, já que, no Brasil, não há tanto investimento nas novas tecnologias.

Há algumas áreas em que os treinamentos para a atuação profissional exigem simulações. É o caso da área de aviação e do centro de operação de centrais nucleares. Mais recentemente, as usinarias de petróleo também têm aplicado os simuladores para capacitar seus operadores. As possibilidades de aplicação, portanto, são muitas.


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