O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), revelou em pesquisa que o número de empregos formais, envolvendo a pós-graduação (mestrado e doutorado), cresceu de 92% a 125%, no período entre 2009 e 2017.
Na coluna Observatório da Inovação, o professor Glauco Arbix comenta esses dados e o que isso implica. “É um dado muito importante, uma vez que o número desses empregos é muito baixo ainda quando comparado aos padrões internacionais”.
Para Arbix esses dados mostram que o sistema brasileiro de pós-graduação cresce gradualmente, formando profissionais de qualidade que são absorvidos pelas empresas e o mercado de trabalho. O aumento não foi apenas no âmbito qualitativo, já que, em quantidade, mais de 60 mil pessoas se tornaram mestres e 21 mil pessoas doutores em 2017, o que mostra crescimentos percentuais de 488% a 657% nos respectivos títulos, se comparados aos dados observados em 1996.
Em questões de distribuição, o número de mestres e doutores diminuiu de 20% a 32% na região Sudeste. Para o professor, isso não configura uma situação ruim, pois isso significa que outros Estados começaram a aumentar mais rapidamente a formação de profissionais de alta qualidade. “Em termos de remuneração, os Estados que mais pagam mestres e doutores são os do Mato Grosso e do Distrito Federal”, conclui Arbix.
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Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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