A primeira produção cinematográfica da história aconteceu no final do ano de 1895, com os irmãos Lumière, na França. Porém, não se pode dizer que tudo começou com um filme, já que, antes mesmo dele, os irmãos produziam pequenos documentários, utilizando imagens fáceis de se captar e mostrando coisas do cotidiano, apenas como forma de registro.
De acordo com Renato Levi, professor do Departamento de Jornalismo da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, “o que os documentaristas e estudiosos da área consideram, de fato, como a primeira produção de um documentário, é Nanook, o Esquimó”. O documentário foi lançado em 1922, com a proposta de mostrar a vida e os costumes dos esquimós no Canadá.
Além de ser uma importante ferramenta de registro da história, os documentários são capazes de proporcionar reflexões sobre questões difíceis de se observar a olho nu. O professor Levi conta que “o gênero documental tem potencial para instruir acerca de temas complexos”. Ele também fala que “documentários podem ser uma forma de despertar o interesse e a curiosidade do público sobre um determinado assunto”.
Ofuscado pela grande indústria cinematográfica hollywoodiana, com produções milionárias e arrecadações bilionárias, “os documentários sofrem com a falta de reconhecimento e o pouco investimento, principalmente no Brasil, que não valoriza o cinema de uma forma geral”, finaliza.