Fapesp lança edital que incentiva pesquisas para resolver problemas sociais

Iniciativa visa apoiar a criação de Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP)

 27/06/2019 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 02/07/2019 as 12:53
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A cerimônia de lançamento do edital foi promovida na sede da Fapesp, em São Paulo – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Paulo lançaram, no dia 27 de junho, o edital Ciência para o Desenvolvimento.

A iniciativa tem como objetivo mobilizar a capacidade científica do Estado, unindo universidades, institutos de pesquisa, empresas, terceiro setor e órgãos governamentais na missão de resolver problemas de relevância social e econômica e visa apoiar a criação de Núcleos de Pesquisa Orientada a Problemas em São Paulo (NPOP-SP).

O edital selecionará projetos em áreas estratégicas, tais como produtividade e sustentabilidade na agricultura do século 21; energia para o desenvolvimento; manufatura avançada; saúde: inteligência artificial em medicina, biotecnologia, vacinas e imunobiológicos, diagnóstico, prevenção e tratamento de câncer, obesidade, diabete, Alzheimer, hipertensão arterial e doenças cardíacas; cidades inteligentes: mobilidade, segurança pública, habitação e meio ambiente; educação: avanço da qualidade e acesso; redução da desigualdade e conservação ambiental e biodiversidade.

“É uma obrigação para um governo responsável apoiar a pesquisa e a inovação. Essa soma de forças é fundamental para um Estado que lidera o Brasil”, afirmou o governador de São Paulo, João Doria, na cerimônia de lançamento.

Para o presidente da Fapesp, Marco Antonio Zago, “esta é uma oportunidade de tratarmos o papel da ciência no desenvolvimento, seu funcionamento e sua governança. Não existe desenvolvimento econômico e social sem uma forte participação da ciência e tecnologia. As cinco maiores economias do mundo são também as cinco maiores potências de ciência e educação superior, e os países que estão passando por forte crescimento em período relativamente curto são os que fortaleceram significativamente a educação e o desenvolvimento científico. Estamos aqui para falar de oportunidades”.

Agopyan destacou o incentivo às pesquisas de grande impacto social – Foto: Marcos Santos / USP Imagens

“Entendemos que há necessidade de associar as universidades e os institutos de pesquisa públicos e privados com as empresas, os órgãos do governo ou do terceiro setor – que são as instituições com capacidade de aplicar os resultados dos projetos, seja para aumentar a competitividade econômica ou para elaborar leis e políticas públicas que vão melhorar a qualidade de vida do cidadão”, destacou o diretor científico da fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz.

Segundo ele, a iniciativa deverá mobilizar cerca de R$ 400 milhões nos próximos cinco anos. A Fapesp destinará um total de R$ 100 milhões aos projetos aprovados e espera-se que as entidades parceiras – empresas, ONGs ou órgãos governamentais – invistam pelo menos um valor equivalente. Já as instituições-sede dos projetos deverão aplicar outros R$ 200 milhões como contrapartida econômica.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen da Silva, destacou a importância de aproximar a ciência e a tecnologia na resolução dos problemas sociais. “Meu sonho é ver a ciência sendo aplicada cada vez mais na busca pela cura de doenças, na segurança e educação com o objetivo de gerar oportunidades para as pessoas”, afirmou.

O reitor da USP, Vahan Agopyan, também ressaltou a iniciativa da Fundação em incentivar as pesquisas com grande impacto social. “A Fapesp está propondo o desenvolvimento científico que tenha como objetivo principal resolver problemas da sociedade em áreas estratégicas. É uma iniciativa para orientar, induzir e estimular pesquisas de cunho social. Tenho certeza que a USP vai participar de forma intensa nessa chamada que a Fapesp fará nos próximos dias”, comemorou.

A cerimônia de lançamento também contou com a presença do vice-reitor da USP, Antonio Carlos Hernandes; do secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Américo Sakamoto, além de autoridades governamentais, dirigentes e pesquisadores da Fapesp e de universidades e institutos de pesquisa de São Paulo.


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