Músico pesquisa o “samba sem poluição” do Partido em 5

Em entrevista a “Os Novos Cientistas”, o músico e pesquisador Igor De Bruyn Ferraz explicou detalhes de seu estudo sobre os discos Partido em 5, volumes I e II

 04/04/2019 - Publicado há 5 anos
Por

jorusp

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Na década de 1970, um grupo de sambistas do Rio de Janeiro se reuniu para gravar uma série de long plays (LPs) denominada Partido em 5. Os compositores Antonio Candeia Filho, o Candeia, Otto Enrique Trepte, o Casquinha, e Wilson Moreira, entre outros, causaram impacto entre artistas e, principalmente, sambistas da época.

Os volumes I e II da série Partido em 5 (1975 e 1976) foram objetos de análise do músico e pesquisador Igor De Bruyn Ferraz em sua pesquisa de mestrado “Um samba sem poluição”: o partido-alto de Candeia em Partido em 5 Vols. I e II, apresentada na Escola de Comunicações e Artes (ECA) das USP. “Aquele trabalho foi contestador no sentido de combater a mercantilização do samba. Todos os compositores eram ligados às escolas de samba do Rio de Janeiro. Eles alimentaram a divulgação do próprio samba, mas eram relegados ao ‘pano de fundo’ dos sambistas”, descreve o pesquisador.

A pesquisa mostra que os discos foram gravados na tentativa de captar o ambiente informal de uma roda de samba, desde as composições até as conversas entre eles. A ideia então foi compreender como aqueles sambas e aquelas conversas apontam para um sentido de contestação político-cultural sobre interpretações modernistas e nacionalistas do gênero, em detrimento das raízes negras e populares.

O podcast Os Novos Cientistas vai ao ar toda quinta-feira, às 8 horas, dentro do Jornal da USP no Ar, que é apresentado diariamente pela jornalista Roxane Ré, das 7h30 às 9h30, na Rádio USP FM (93,7 MHz).

Ouça a íntegra do podcast.


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