A IPSA USP Summer School, escola de verão em conceitos, métodos e técnicas em ciência política, políticas públicas e relações internacionais, completa dez anos em 2019. A proposta é uma parceria entre a Associação Internacional de Ciência Política (IPSA) e o Departamento de Ciência Política da USP. As aulas se iniciam na próxima segunda-feira e seguem até o primeiro dia de fevereiro. O Jornal da USP no Ar conversou com o professor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP e participante da escola, Glauco Peres.
Ele explica que o projeto nasceu da intenção de a IPSA expandir a aplicação de novos conceitos e técnicas de pesquisa para fora do eixo Europa-Estados Unidos, para que a ciência política prosperasse de forma mais rápida ao redor do mundo, e o Brasil foi escolhido como primeira sede dessa iniciativa. Hoje, já existem escolas similares no México, em Cingapura, na África do Sul e na Turquia. Peres elucida que a escola busca dar instrumentos e criar critérios para medir a efetividade das políticas públicas. Isso envolve desde estatística até dados qualitativos, fazendo com que a escola seja bastante plural, trazendo diferentes métodos, linhas de pensamento e tradições.
Este ano, serão recebidos 40 alunos estrangeiros, além dos 128 brasileiros, e a dinâmica dos cursos é pensada para estimular a interação entre os estudantes, ao invés de focar apenas em aulas expositivas, especialmente nas atividades do período vespertino. Dessa forma, é incentivada a troca de experiências sobre as diferentes realidades, problemas e bases de dados dos alunos. O professor relembra que algumas atividades da tarde podem ser acompanhadas pelo público em geral, e estende o convite a esses possíveis alunos não-matriculados.
O professor Gary King, de Harvard, é o convidado especial desta edição do programa e participará de eventos nos dias 16 e 17. Para Peres, a presença do renomado especialista é uma grande honra e denota que a escola está consolidada e no caminho certo.
