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Um estudo realizado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP testou o uso de produtos de reflorestamento na fabricação de bacon. O objetivo foi utilizar madeiras como acácia mangium, acácia mearnsii, bracatinga, bambu, teca e eucalipto no processo de defumação, a fim de reduzir os impactos ambientais e contribuir para a preservação da flora nativa. A partir do teste, verificou-se alterações positivas para características sensoriais esperadas para um bacon de qualidade, apreciado pelo consumidor.
Em laboratório, Izabella observou benefícios ao usar diferentes madeiras de reflorestamento brasileiras na etapa de defumação do bacon. Após as etapas de defumação e fritura, ela submeteu as amostras ao teste sensorial de consumidores habituais de bacon para consolidar o resultado. Esses consumidores avaliaram o sabor e o aroma do produto.
“Ao longo da degustação os consumidores marcaram como dominante, crocante, suculento, amadeirado e defumado para quase todas as amostras, que são atributos esperados em relação ao sabor e textura frequentemente observados neste tipo de amostra”, conta a pesquisadora. As amostras que não tiveram o mesmo resultado foram as defumadas com madeira de eucalipto e fumaça líquida. Estas amostras perderam maciez. Porém, o sabor permaneceu.
A professora Carmen ressalta a importância de utilizar madeiras reflorestadas. “O Brasil é considerado um bom local para o cultivo e extração de madeira reflorestada, várias delas são baratas e estão disponíveis em maior quantidade como, por exemplo, o eucalipto”, diz a docente.
O projeto contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e, em sua execução, também estiveram envolvidos técnicos e estudantes de doutorado, mestrado e iniciação científica. O grupo trabalhou em parceria com o Departamento de Ciências Florestais da Esalq, representado pela professora Luciana Duque Silva, que contribuiu na seleção e na obtenção das madeiras utilizadas na defumação, e pelo professor Francides da Silva Jr. nas análises físico-químicas de caracterização dessas madeiras.
Com informações de Julia Heloisa Silva/Divisão de Comunicação da Esalq-USP
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