Cortar verbas da pós-graduação prejudica toda a sociedade

Renato Janine lembra que a pós é vital na formação profissional e o corte de verbas afeta, inclusive, a graduação

 08/08/2018 - Publicado há 6 anos

 

Em sua coluna desta semana, o professor Renato Janine Ribeiro fala sobre a limitação no orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) que pode comprometer o pagamento das bolsas de pós-graduação, de formação de professores e de cooperação internacional oferecidas no Brasil.

De 2004 a 2008, Janine foi diretor de Avaliação da Capes. Ele destaca que a pós-graduação brasileira é excelente e reconhecida internacionalmente. “Desnecessário dizer que isso significa jogar fora décadas de trabalho. Significa algo muito pior do que ocorreu no regime militar que, com todos os seus enormes defeitos, fortaleceu a Capes e o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico)”, lamenta.

Para o professor, o corte de verbas é muito grave e afeta não apenas a comunidade acadêmica brasileira, mas toda a sociedade. “Sem uma formação pós-graduada boa, o que será de nossos profissionais?”, questiona. Ele lembra que mesmo em áreas como engenharia, medicina, direito e jornalismo a contribuição das pesquisas de mestrado e doutorado é enorme para a formação desses profissionais. “Não é uma causa só do mundo científico e acadêmico. É uma causa de toda a sociedade. Uma pós-graduação ruim vai implicar em uma graduação ruim e numa economia mais fraca. Vamos lutar para que não haja nenhum corte de verbas na Capes e na educação.”

Ouça, no link acima, a íntegra da coluna Ética e Política.


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