Neste sábado, dia 12, às 11h30, os visitantes do Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP vão poder apreciar o grupo Sestina, do Coral da USP (Coralusp), numa apresentação especial. Sob a regência de Marcia Hentschel, o grupo traz Juvenal e o Dragão – Opereta de um Ato.
“É uma opereta coral de sete partes”, explica a maestrina Marcia. “Conta a história de Juvenal, uma peça que foi escrita por Nibaldo Araneda, especialmente para o grupo Sestina, inspirada na literatura de cordel de Leandro Gomes de Barros.”
A apresentação conta com a participação de Eduardo Dobay ao piano e a contadora de histórias Lilian Guerra. O Sestina tem por objetivo levar peças corais de compositores vivos, divulgando a arte coral contemporânea brasileira e estrangeira.
E assim, depois de quatro meses, nasceram estas sete partes que contam a história de Juvenal.”
A história de Juvenal e o Dragão resgata as raízes da cultura popular. O autor, Nibaldo Araneda, começou a cantar no Coralusp em 1989. “Acompanhei, além dos ensaios, as aulas de técnica vocal, teoria musical, piano complementar e percussão, entre outras. Essas aulas se tornaram as ferramentas perfeitas para me apaixonar pela música”, conta. “Seduzido definitivamente, passei a dedicar a minha vida à música coral atuando como cantor, maestro, arranjador e compositor. Nada me pareceu mais apropriado do que poder escrever uma obra coral inédita para o Coralusp no ano em que ele completa 50 anos de existência.”
Araneda decidiu buscar um tema brasileiro, criado especialmente para o grupo Sestina. “Não foi difícil decidir pela literatura de cordel. Esse gênero literário com profundas raízes na cultura popular se encaixava no que eu procurava.” A pesquisa levou Araneda à obra A História de Juvenal e o Dragão, do poeta paraibano Leandro Gomes de Barros (1865-1918). “A relevância desse cordelista é tamanha que teve seu talento reconhecido por Mário de Andrade, Ariano Suassuna e Carlos Drummond de Andrade. É reverenciado como o poeta maior da literatura de cordel.”
Depois de pesquisar o texto, Araneda definiu a orquestração do projeto. “Para facilitar ao máximo a execução da obra na sua estreia e no futuro, optei por escrevê-la para ‘narrador, coro misto e piano’. A ideia foi criar uma ‘opereta coral’, uma obra musical cuja história pode ser contada exclusivamente pelo coro: seus diferentes timbres representam todos os personagens da história. E assim, depois de quatro meses, nasceram essas sete partes que contam a história de Juvenal.”
Juvenal e o Dragão – Opereta de um Ato, de Nibaldo Araneda, sob a regência de Marcia Hentschel, será apresentada neste sábado, dia 12 de maio, às 11h30, no Museu de Arte Contemporânea (MAC) da USP (Avenida Pedro Álvares Cabral, 1.301, Ibirapuera, em São Paulo). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 2648-0254. Entrada grátis.