Pensar na internacionalização, sem esquecer os problemas de ensino da sociedade, é meta do diretor do IME

“O IME pode e deve contribuir de forma significativa para a melhoria do ensino neste país”, afirma Flávio Ulhoa Coelho

 27/04/2010 - Publicado há 14 anos
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O professor Flávio Ulhoa Coelho, tomou posse como novo diretor do Instituto de Matemática e Estatística (IME), nesta segunda-feira, dia 26 de abril, às 14h, em cerimônia realizada na Sala do Conselho Universitário (CO), no prédio da Administração Central da USP. 

 
 (da esquerda para direita): O vice-reitor da USP, Hélio Nogueira da Cruz; o diretor do IME, Flávio Ulhoa Coelho; e o reitor da USP, João Grandino Rodas

Coelho, que foi vice-diretor do IME na gestão do último diretor, Paulo Domingos Cordaro, iniciou seu discurso falando que há muito a se comemorar nos 40 anos do IME, completados neste ano, apesar de a Unidade pode ser considerada uma das mais jovens entre as outras existentes na Universidade. Contou também um pouco da história do Instituto, sua importância na graduação da Universidade, pois, além de oferecer seis cursos de graduação, é também responsável pelas disciplinas básicas de matemática, estatística e ciência da computação de outras 15 Unidades da USP.O novo diretor convidou todos os presentes para conhecer melhor e visitar o IME, principalmente na próxima semana, quando acontecerá a exposição Matemateca, entre os dias 3 a 9 de maio, que tem o objetivo tornar estudantes e leigos mais interessados por números e cálculos. Metas Coelho relembrou os nove diretores que dirigiram o IME desde sua criação e finalizou falando sobre as metas de sua gestão: elaborar um plano estratégico de ação para os próximos dez ou vinte anos; pensar na internacionalização, mas sem esquecer dos problemas de ensino existentes na sociedade brasileira, porque “o IME pode e deve contribuir de forma significativa para a melhoria do ensino neste país”; intensificar os canais de comunicação interna e externamente ao IME e à USP; além da expansão do espaço físico das instalações, “pois o IME não cresceu fisicamente na mesma proporção que cresceu academicamente”. Em tom de brincadeira, o reitor da USP, João Grandino Rodas, lembrou que, em 1969,  foi um dos muitos alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras que cursaram alguma disciplina no IME, “certamente fui o pior deles, e não imaginava, portanto, poder estar aqui dando posse ao diretor do Instituto de Matemática e Estatística”, disse. O reitor destacou que o Instituto é mais antigo do que a data oficial de sua criação, pois “tem raízes que estão dentro do momento que a Universidade foi formada”, apesar de ter se corporificado e sido fundado há 40 anos. Agradeceu ao ex-diretor pelo seu esforço e, deu boas-vindas ao professor Coelho, que com sua “juventude e o seu amor à Universidade e, ao próprio Instituto, fará que ele floresça ainda mais”. Rotatividade dos seus dirigentes e diversidade Rodas disse que é sempre uma alegria poder participar de uma cerimônia de posse de um dirigente da Universidade, por causa de dois aspectos fundamentais. O primeiro é a rotatividade dos seus dirigentes, “um dos grandes pilares da democracia, que traz diferentes energias e diferentes modos de pensar para a Universidade”. O segundo é a diversidade, pois, “Universidade sem diversidade, realmente, é algo impossível, porque seria monótono, pasteurizado, e não seria o lugar do celeiro de discussões, ideias e descobertas”. E como não é impossível um consenso absoluto, ressaltou que é preciso ser feito um consenso parcial, sob pena da Universidade se estagnar e não progredir.Por fim, o reitor adiantou que, sobre a questão da expansão e melhoria do prédio do IME, uma das metas anunciadas pelo novo diretor em seu discurso, já há um consenso parcial entre o diretor e a Reitoria, no que depender dele.A cerimônia foi encerrada com a apresentação do Coral do Instituto de Biociências, que cantou cinco músicas.

 Apresentação do Coral do Instituto de Biociências (IB), que existe desde abril de 2008

 


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