Grupo de pesquisa sobre o sono defende a importância de dormir

Na USP Leste, alunos e professores desenvolvem estudos relacionando o sono com a saúde e o aprendizado

 04/04/2018 - Publicado há 7 anos
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Redes e pufes puderam ser usados como meio para descansar durante o projeto Durma na EACH – Foto: Gipso – Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Sono via Facebook

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Ensinar, pesquisar e divulgar para a sociedade a importância do sono para a saúde. Essa é uma das propostas do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Sono (Gipso) da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, localizada em São Paulo. Criado em 2015 pelo professor Mario  Pedrazzoli Neto, as ações do Gipso pretendem informar os estudantes e os gestores sobre aspectos do sono relacionados à saúde e à aprendizagem.

“A expectativa é de que um público bem informado tenha capacidade de tomar decisões mais adequadas em relação ao seu próprio sono”, segundo Pedrazzoli. As linhas de pesquisa do grupo incluem cultura e sono, cronobiologia (ramo da ciência que investiga os fenômenos físicos e químicos que ocorrem com determinada periodicidade), genética e fisiologia molecular do sono, biologia e genética molecular da ritmicidade circadiana, genética epidemiológica dos fenótipos de sono, e psicobiologia do sono e ritmos circadianos.

De acordo com o professor, entre estudos de responsabilidade do grupo estão “as mudanças nos padrões de sono de acordo com a localização geográfica de cada um e aspectos culturais relacionados ao assunto, como a conexão feita entre o conceito do ‘vagabundo’ e o sono”.

Composto de 34 pessoas, o Gipso inclui 24 alunos de graduação, seis de pós-graduação e seis professores. Entre algumas das atividades do grupo estão a criação e o desenvolvimento de novas pesquisas através da abertura de bolsas, a discussão e formulação de políticas públicas por meio de projetos de extensão e de uma colaboração com a Associação Brasileira do Sono e a disseminação do conhecimento sobre o sono através da assessoria de imprensa e de ações em escolas e universidades.

Um exemplo concreto de um programa organizado pelo Gipso é o projeto Durma na EACH, cuja segunda edição ocorreu entre os dias 28 de fevereiro e 16 de março no campus da USP na zona leste de São Paulo. Durante esses dias, alunos, docentes e funcionários puderam desfrutar de um espaço repleto de redes e pufes para descansar e dormir durante o horário de aula. A ideia é de que, através do relaxamento, os participantes pudessem relaxar e recarregar suas energias, que são muitas vezes sugadas por uma rotina cansativa e estressante.

“Cada vez mais, na sociedade, há um elevado e crescente número de casos de estresse, depressão, ansiedade e outros transtornos relacionados à saúde. Entendemos que isso se dá pela maneira com a qual a nossa sociedade está organizada, demandando cada vez mais que o estudante e o trabalhador cumpra funções que, em alguns casos, é humanamente impossível. Na academia, isso não é diferente, há casos de estudantes que cometem suicídio e são acometidos pela depressão. Isso não deve ser naturalizado e precisa ser combatido”, declara texto divulgado pelo grupo.

A intenção do Durma na EACH é colaborar com uma discussão que visa a transformar o trabalho e vivência universitária através da conscientização das pessoas sobre o sono e pelo oferecimento de meios de apoio à comunidade. O projeto foi idealizado pelo Mario Pedrazzoli Neto, orientador do grupo de pesquisa, em conjunto com estudantes dos cursos de graduação em Gerontologia, Obstetrícia, Biomedicina, Educação Física e Saúde, Marketing e Têxtil e Moda da USP. A meta é criar espaços permanentes para dormir na EACH a partir do segundo semestre deste ano.

Com informações da Assessoria de Comunicação da EACH


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