Este mês é conhecido como Janeiro Roxo desde 2016, quando o Ministério da Saúde oficializou o mês de conscientização sobre a hanseníase. A doença coloca o Brasil em segundo lugar em número de casos, atrás da Índia.
Naquele mesmo ano, a Sociedade Brasileira de Hansenologia lançou a Campanha Nacional Todos Contra a Hanseníase, que conta com cartilha educativa e spots de rádio e vídeo.
Para Marco Andrey Cipriani Frade, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH), o grande problema em relação à doença é a sua lenta manifestação, que pode demorar de cinco a dez anos para apresentar os primeiros sintomas.
Para o professor, é necessário informação para a população e profissionais capacitados e treinados para aprimorar a detecção dos primeiros sinais da doença, que não tem exame que garanta o diagnóstico. Dessa forma, com o diagnóstico tardio para a hanseníase, que acomete nervos, o risco é o da moléstia progredir para situações que tornem o paciente incapaz. Entre elas, tarefas corriqueiras, como a dificuldade para abotoar camisa e escrever.
Ouça a entrevista no link acima.
Por Giovanna Grepi