Subnotificação da doença de Chagas no Brasil é de 42%

Estudo da Faculdade de Medicina trata da alta mortalidade da enfermidade que acomete sete milhões em todo o mundo

 31/07/2017 - Publicado há 7 anos

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença de Chagas está entre as 17 mais importantes enfermidades negligenciadas. A pesquisadora da Faculdade de Medicina (FM) da USP Maria Lígia Capuani analisou dados de doadores de sangue entre 1996 e 2000 e comparou com as informações fornecidas pelo Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) no Brasil.  Com base no universo de 8.526  doadores de sangue do Hemocentro de São Paulo, a conclusão foi que a mortalidade de portadores de Chagas é 2,3 vezes maior em relação aos casos que não apresentam a doença. Na análise de atestados de óbito de soropositivos, foi verificada uma subnotificação de 42%.

Foto: Visual Hunt

Maria Lígia considera que o estudo aponta a necessidade de dar maior atenção à Chagas no atestado de óbito e a importância do médico buscar o histórico do paciente. Além disso, ela destaca que, apesar do vetor da doença já ser controlado, as pesquisas precisam de avanço quanto ao tratamento dos infectados.

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