.
Com duras críticas nacionais, a série 3%, que nasceu na USP, mais precisamente na ECA, e é a primeira brasileira original da Netflix, estabilizou-se como a série de língua não inglesa mais assistida pelos EUA. O produto também alcançou a segunda colocação, em 2017, do ranking de séries mais “devoradas” do mundo, isto é, produções que foram assistidas por mais de 2 horas por dia, ficando à frente de grandes produções internacionais. Depois de um ano da matéria publicada pelo Jornal da USP, voltamos a conversar com Jotagá Crema, diretor da série, que desistiu da Escola Politécnica (EP) para cursar Audiovisual na Escola de Comunicações e Artes da USP, e com Daina Giannecchini, também diretora e ex-aluna de Audiovisual.
Em relação às expectativas geradas quanto ao sucesso que a série alcançaria, Jotagá diz que, desde os tempos da USP, acreditou no poder da série. Daina concorda, porém confessa: “Acho que até hoje não caiu 100% a ficha da proporção que a série tomou”. E acrescenta: “Agora, mesmo tendo essa noção, é simplesmente de cair o queixo quando a gente vê o tamanho que a coisa ganhou na Netflix! Volta e meia conhecemos algum fã da série, daqui ou de fora do Brasil, de lugares que a gente nunca imaginou!”.
.
Hoje, os jovens diretores se tornaram inspiração para o mercado audiovisual do Brasil, e tendo ciência disso, Jotagá alertou sobre a necessidade da persistência em produções como essa: “O mercado audiovisual é complexo, mas se insistir e trabalhar muito dá para ter resultados surpreendentes”. Daina acredita também na necessidade do bom relacionamento entre os envolvidos: “Foi fundamental que tenha acontecido a partir da iniciativa de quatro colegas de faculdade que se gostavam e gostavam de trabalhar juntos”. E conclui: “Só deu certo porque teve muita gente boa envolvida”.
.
Com as avaliações negativas feitas pela mídia nacional contrariadas pela internacional, Jotagá Crema comenta sobre sua relação com as críticas da série: “Sabemos do sucesso da série, mas sempre prestamos atenção no que o público e os críticos dizem”. Já a diretora confessa ter dificuldade de compreender a origem dessas críticas: “Às vezes, é difícil separar o que é crítica do que é gosto pessoal, porque é comum nos depararmos com contradições entre pessoas que amam e odeiam a mesma característica da obra”.
Quando indagados se eles pretendem voltar à USP para realizar projetos, o diretor confessa gostar da instituição e que sempre que possível a visita: “Eu adoro falar na USP e sempre aceito com alegria os convites que recebo”. Daina Giannecchini também diz gostar de visitar a Universidade e fala sobre a importância deste ato: “Eu amo esse tipo de experiência e sempre vou gostar de fazer. Acho muito importante mantermos esse canal, é bom para mim, para os alunos, para a comunidade como um todo”. E ainda confessa que há diretores que futuramente pretendem seguir a área acadêmica: “Um ou outro de nós tem planos a longo prazo de talvez dar aulas também”.
.
.
Previsão para a segunda temporada
Questionada sobre o que poderemos esperar para essa nova temporada, Daina revelou: “O que posso dizer é que vamos conhecer um pouco mais da vida tanto no Maralto como no Continente. Além de aprofundarem os personagens já conhecidos e que continuam sua vida pós-Processo, vamos conhecer outros personagens, interpretados por Samuel de Assis, Laila Garin, Cynthia Senek, Bruno Fagundes, Thais Lago, Maria Flor, Fernanda Vasconcellos e Silvio Guindane”. Além de atores famosos, também poderemos ser surpreendidos por caras novas, já que, no ano passado, ocorreu uma seleção para recrutar novos atores para completar o elenco dessa nova temporada.
.
A primeira temporada foi lançada em novembro de 2016, no entanto, era esperado pelos fãs que a segunda temporada fosse lançada neste mesmo período de 2017, fato que não aconteceu. No fim do ano passado, a Netflix divulgou um teaser da nova etapa da série. Perguntada sobre a previsão para a data de estreia, a diretora, de maneira exclusiva, nos adianta: “Deverá ser em abril, mas ainda sem data confirmada.”
Para amenizar um pouco a ansiedade dos fãs, foi perguntado à jovem diretora o que ela poderia dizer aos admiradores de 3% sobre essa nova temporada. “Estou empolgada com essa segunda temporada, controlando demais minha própria ansiedade e não vejo a hora de todo mundo poder assistir”, exaltou.
.
Leia também:
.
[catlist tags=3% template=ultimas_publicacoes date=yes numberposts=-1 dateformat=’j/F/Y’ thumbnail=yes thumbnail_size=347,182 thumbnail_class=’list_category_post_ultimas_publicacoes’].
.
.