Depois de um ano, diretores de “3%” falam sobre a série

Após uma temporada de sucesso mundial, a série, que se originou na USP, tem segunda temporada prevista para abril, diz diretora

 22/01/2018 - Publicado há 7 anos
Por
Em 2017, 3% foi a segunda série mais “devorada” no mundo e a série de língua não inglesa mais assistida pelos norte-americanos – Foto: Divulgação / Netflix

.
Com duras críticas nacionais, a série 3%, que nasceu na USP, mais precisamente na ECA, e é a primeira brasileira original da Netflix, estabilizou-se como a série de língua não inglesa mais assistida pelos EUA. O produto também alcançou a segunda colocação, em 2017, do ranking de séries mais “devoradas” do mundo, isto é, produções que foram assistidas por mais de 2 horas por dia, ficando à frente de grandes produções internacionais. Depois de um ano da matéria publicada pelo
Jornal da USP, voltamos a conversar com Jotagá Crema, diretor da série, que desistiu da Escola Politécnica (EP) para cursar Audiovisual na Escola de Comunicações e Artes da USP, e com Daina Giannecchini, também diretora e ex-aluna de Audiovisual.

Em relação às expectativas geradas quanto ao sucesso que a série alcançaria, Jotagá diz que, desde os tempos da USP, acreditou no poder da série. Daina concorda, porém confessa: “Acho que até hoje não caiu 100% a ficha da proporção que a série tomou”. E acrescenta: “Agora, mesmo tendo essa noção, é simplesmente de cair o queixo quando a gente vê o tamanho que a coisa ganhou na Netflix! Volta e meia conhecemos algum fã da série, daqui ou de fora do Brasil, de lugares que a gente nunca imaginou!”.

Arte sobre foto de Reprodução via YouTube / Netflix (clique para ampliar)

.
Hoje, os jovens diretores se tornaram inspiração para o mercado audiovisual do Brasil, e tendo ciência disso, Jotagá alertou sobre a necessidade da persistência em produções como essa:
“O mercado audiovisual é complexo, mas se insistir e trabalhar muito dá para ter resultados surpreendentes”. Daina acredita também na necessidade do bom relacionamento entre os envolvidos: “Foi fundamental que tenha acontecido a partir da iniciativa de quatro colegas de faculdade que se gostavam e gostavam de trabalhar juntos”. E conclui: “Só deu certo porque teve muita gente boa envolvida”.

Foto: Reprodução via YouTube / Netflix

.
Com as avaliações negativas feitas pela mídia nacional contrariadas pela internacional, Jotagá Crema comenta sobre sua relação com as críticas da série: “Sabemos do sucesso da série, mas sempre prestamos atenção no que o público e os críticos dizem”. Já a diretora confessa ter dificuldade de compreender a origem dessas críticas: “
Às vezes, é difícil separar o que é crítica do que é gosto pessoal, porque é comum nos depararmos com contradições entre pessoas que amam e odeiam a mesma característica da obra”.

Quando indagados se eles pretendem voltar à USP para realizar projetos, o diretor confessa gostar da instituição e que sempre que possível a visita: “Eu adoro falar na USP e sempre aceito com alegria os convites que recebo”. Daina Giannecchini também diz gostar de visitar a Universidade e fala sobre a importância deste ato: “Eu amo esse tipo de experiência e sempre vou gostar de fazer. Acho muito importante mantermos esse canal, é bom para mim, para os alunos, para a comunidade como um todo”. E ainda confessa que há diretores que futuramente pretendem seguir a área acadêmica: “Um ou outro de nós tem planos a longo prazo de talvez dar aulas também”.
.

.
Previsão para a segunda temporada

Questionada sobre o que poderemos esperar para essa nova temporada, Daina revelou: “O que posso dizer é que vamos conhecer um pouco mais da vida tanto no Maralto como no Continente. Além de aprofundarem os personagens já conhecidos e que continuam sua vida pós-Processo, vamos conhecer outros personagens, interpretados por Samuel de Assis, Laila Garin, Cynthia Senek, Bruno Fagundes, Thais Lago, Maria Flor, Fernanda Vasconcellos e Silvio Guindane”. Além de atores famosos, também poderemos ser surpreendidos por caras novas, já que, no ano passado, ocorreu uma seleção para recrutar novos atores para completar o elenco dessa nova temporada. 

Alguns atores conhecidos pelo público brasileiro vão compor o elenco da segunda temporada – Foto: Divulgação via Pedro Saad / Netflix

.

A primeira temporada foi lançada em novembro de 2016, no entanto, era esperado pelos fãs que a segunda temporada fosse lançada neste mesmo período de 2017,  fato que não aconteceu. No fim do ano passado, a Netflix divulgou um teaser da nova etapa da série. Perguntada sobre a previsão para a data de estreia, a diretora, de maneira exclusiva, nos adianta: “Deverá ser em abril, mas ainda sem data confirmada.”

Para amenizar um pouco a ansiedade dos fãs, foi perguntado à jovem diretora o que ela poderia dizer aos admiradores de 3% sobre essa nova temporada. “Estou empolgada com essa segunda temporada, controlando demais minha própria ansiedade e não vejo a hora de todo mundo poder assistir”, exaltou.

.

Leia também:

.

[catlist tags=3% template=ultimas_publicacoes date=yes numberposts=-1 dateformat=’j/F/Y’ thumbnail=yes thumbnail_size=347,182 thumbnail_class=’list_category_post_ultimas_publicacoes’]

.


.
.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.