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A importância da utilização de hortas para o processo de ensino e aprendizagem tem sido tema de discussão no ambiente acadêmico. De acordo com o Grupo de Estudos de Educação Não Formal e Divulgação em Ciências (GEENF) da Faculdade de Educação (FE) da USP, esta é uma estratégia que estimula a formação do aluno, não apenas no âmbito da educação ambiental e do desenvolvimento sustentável, mas também o trabalho coletivo e a articulação do conteúdo com a prática, mostrando diretamente a relação entre o ser humano e o meio ambiente em diversas áreas de conhecimentos e de forma interdisciplinar.
Foi nesse contexto que o grupo desenvolveu o projeto Experiências de Horta Escolar e de Estudo do Meio como estratégias educativas: um estudo de caso na Escola de Aplicação da Faculdade de Educação da USP, ligado ao Programa Unificado de Bolsas (PUB) da USP. O objetivo foi realizar um mapeamento das iniciativas de hortas mantidas dentro do campus da USP na capital, além de um levantamento bibliográfico em várias plataformas digitais.
O projeto contou com pesquisa de Fausto Oliveira, coordenação de Martha Marandino, professora da Faculdade de Educação da USP e coordenadora do GEENF, e participação das bolsistas Camila Moreira Viana, graduanda em Engenharia Civil pela Escola Politécnica da USP, e Letícia Campos Graciani, graduanda em Pedagogia pela FE. Lançado durante a 20ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, já está disponível nos links: mapa georreferenciado com as Hortas existentes na USP; Levantamento Bibliográfico sobre Hortas e Educação e Projeto de pesquisa Horta e Estudo do Meio, além do Relatório Final.
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O relatório final do projeto aponta que “as experiências de Horta Escolar e de Estudo do Meio têm despertado um crescente interesse na comunidade educacional como uma estratégia pedagógica benéfica para a situação de aprendizagem dos alunos”. Além disso, os autores afirmam que a partir do estudo de caso da horta da Escola de Aplicação, expande-se o potencial de implementação e dos impactos dessas práticas educativas no ambiente escolar.
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Resultados do projeto
O mapeamento georreferenciado no campus da capital da USP traz oito hortas em unidades da Universidade, tanto pedagógicas quanto aquelas voltadas para uso da comunidade uspiana. São elas: horta da Escola de Aplicação, da Faculdade de Educação da USP; horta do Laboratório de Brinquedos e Materiais Pedagógicos (da FE em parceria com a Escola de Aplicação); horta dos funcionários e professores da FE; horta do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB); horta do Centro de Práticas Esportivas da USP (Cepeusp); canteiros na horta do Cepê de alunos da Farmácia Universitária; horta da Faculdade de Medicina (FM); e horta da Faculdade de Saúde Pública (FSP).
Também foi realizado o levantamento bibliográfico sobre hortas e educação nas seguintes bases de dados: Scielo, Periódico Capes, Jstor, Google Acadêmico e Eric. Considerando o recorte temporal estabelecido, com início na década de 1990 até os dias atuais, foram identificados 88 artigos nas cinco bases escolhidas. “Este trabalho está embasado em uma extensa revisão bibliográfica, com consulta a artigos científicos de pesquisadores e especialistas. Com a combinação de dados empíricos coletados no campus e o respaldo teórico fornecido pelos estudos científicos, buscamos compreender o potencial e desafios de implementação de hortas para o ensino e aprendizagem”, como informam os autores.
“Ao trazer à tona evidências concretas e fundamentadas, este estudo contribui para o aprimoramento do ensino-aprendizagem na USP e além, ao destacar as vantagens e potenciais benefícios das hortas escolares e do Estudo do Meio como recursos educacionais valiosos”, concluem os pesquisadores.
Confira o mapa georreferenciado de hortas comunitárias do campus da USP em São Paulo neste link.
