Na tarde desta quinta-feira, 16 de junho, um grupo de estudantes e representantes dos movimentos negro e indígena ocupou o prédio da Reitoria da USP para reivindicar a adoção imediata de cotas étnico-raciais. No local, estava sendo realizada a reunião do Conselho de Graduação da Universidade na qual seriam aprovadas as vagas para o vestibular 2017 no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), além de serem discutidas mudanças na prova da Fuvest.
A chegada dos estudantes à porta da sala de reunião interrompeu a sessão. De acordo com o pró-reitor de Graduação, Antonio Carlos Hernandes, a decisão sobre o Sisu ficará para o dia 28 de junho, quando o Conselho Universitário (Co) deve se reunir. Em relação ao vestibular da Fuvest, Hernandes disse que aguardará para debater possíveis alterações na prova.
Na página do Facebook do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, eles informam que o motivo da ocupação é pela implantação de cotas no vestibular da Fuvest e cobram uma negociação com o reitor Marco Antonio Zago. Atualmente, a USP não adota cotas étnico-raciais, nos moldes da Lei de Cotas de 2012 das universidades e institutos federais. As ações afirmativas para pretos, pardos e indígenas na Universidade incluem destinação de vagas no curso de graduação pelo Sisu e oferecimento de bônus na nota do vestibular da Fuvest.