Foguetes projetados na USP atraem crianças para o mundo aeroespacial

Grupo de pesquisas da USP em São Carlos desenvolve trabalho social em escolas públicas e cursinhos populares

 01/12/2016 - Publicado há 8 anos     Atualizado: 02/12/2016 às 12:49
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Crianças visitam o Campus 2 da USP em São Carlos para acompanhar construção de foguete  – Foto: Divulgação/Topus

A curiosidade da criança é um traço marcante de sua personalidade, mesmo as mais tímidas têm muita vontade de saber como as coisas funcionam. Esse interesse, se bem captado, pode ser uma excelente maneira de ensiná-las muitas coisas desde pequenas. É justamente a isso que o grupo Topus de pesquisas aeroespaciais da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP propõe em oficinas gratuitas com estudantes de cursinhos populares e escolas públicas.

No primeiro semestre, o grupo realizou uma visita ao cursinho Emancipa de São Carlos e conversou com estudantes que prestarão vestibular no fim do ano. Por meio de experiências envolvendo foguetes, o Topus levou aos alunos diversos conceitos da física aplicados de forma prática. Além disso, o grupo também falou de benefícios da universidade pública ― como alimentação e possibilidades além da graduação ― e que o esforço empregado naquele momento seria recompensado. 

Porém, a dinâmica da extensão foi repensada no segundo semestre para buscar trabalhar com um novo público: as crianças de escola pública. Em parceria com a SEA (Semana de Engenharia Aeronautica) Social, o Topus realizou oficinas no Campus 2 da USP em São Carlos. Segundo Gustavo Gomes, líder do segmento de trabalho social do Topus, a intenção de trabalhar com crianças ocorre pois há a possibilidade de plantar uma semente para ser germinada.

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Crianças participam de oficina do grupo Topus – Foto: Divulgação/Topus

“Quando se leva o foguete para a criança e você permite que ela monte e brinque com ele, você está desenvolvendo algo que é mágico para a criança e isso é como plantar uma semente daquele conhecimento”, conta Gomes. “Trouxemos as crianças para ver a sala de oficinas, a sala de reuniões, mostramos os foguetes e montamos um foguete d’água com elas.”

Segundo Gomes, 25 crianças participaram da atividade, em que puderam ver todo o processo de construção do foguete, desde a preparação do combustível às máquinas usadas. Tudo feito por meio de uma conversa dinâmica em que as perguntas eram encorajadas para incentivar a criatividade das crianças. Ao final da montagem do foguete d’água, foi possível ver um em prática.

“Infelizmente, não tivemos como usar os foguetes das próprias crianças por questões práticas mesmo, mas usamos um igual ao que elas fizeram. Pintado e com o logo do Topus. Lançamos com todo mundo usando os equipamentos de proteção, o que as anima muito e foi uma experiência bem legal tanto para nós quanto para elas”, afirma Gomes.

Para o próximo semestre, o grupo segue pensando em trabalhar com crianças e manter as atuais parcerias, pois o impacto em crianças é bastante gratificante. Mas não está descartada a possibilidade de se trabalhar novamente com jovens em idade de cursinho.  O Topus tem como finalidade nessas ações não somente realizar um trabalho de extensão, como também divulgar o setor aeroespacial brasileiro.

O Topus surgiu em 2007, passou por muitas dificuldades até conseguir se estabelecer em 2009 e, desde então, só tem crescido, chegando ao número de 40 membros este ano. Nos últimos anos, também deu início à participação em competições de foguetes nacionais e internacionais, como o Festival de Minifoguetes de Curitiba, a Competição Brasileira Universitária de Foguetes (Cobruf) e a Intercollegiate Rocket Engineering Competition (IREC).

Mais informações: Facebook https://www.facebook.com/grupotopus


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