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Um futuro em que a computação e a tecnologia serão parte integrante e inerente do processo de ensino e aprendizagem. Para muitos, esse era um futuro que parecia distante, mas, com a pandemia do novo coronavírus, encontrar soluções utilizando as tecnologias da computação tornou-se um dos desafios cotidianos dos profissionais da área educacional. Quem deseja aprimorar os conhecimentos nesse campo pode se inscrever na pós-graduação a distância em Computação Aplicada à Educação, oferecida pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos.
Para se inscrever, não é necessário possuir formação prévia em computação e programação, basta ter concluído uma graduação em qualquer área. O curso é pago, e são 480 horas de aprendizagem divididas em 11 disciplinas e quatro módulos, tudo oferecido a distância. “As tecnologias educacionais têm, atualmente, papel central no desenvolvimento de profissionais preparados para superar os desafios do século 21. Entender, desenvolver e utilizar essas tecnologias requer, não apenas conhecimento sobre educação, mas também competências e habilidades na utilização de técnicas da computação para revolucionar o ambiente educacional”, explica o professor Seiji Isotani, do ICMC, que coordena o curso.
Ele explica que a pós-graduação a distância em Computação Aplicada à Educação é uma jornada de 21 meses pelos conceitos, práticas e ferramentas mais avançadas na área de computação que dão apoio aos processos de ensino e aprendizagem.
Nesse trajeto, os alunos terão a oportunidade de compreender os impactos dessas tecnologias no ecossistema educacional. “O curso oferece uma combinação única entre pesquisa e experiência prática com conceitos teóricos sólidos e projetos desenhados para acelerar a construção do conhecimento. Além disso, trabalhamos as habilidades fundamentais para que os participantes desenvolvam suas carreiras, tornem-se líderes na área de tecnologias educacionais e possam implantar estratégias de inovação digital em suas instituições”, completa Seiji Isotani.
Entre os assuntos que serão abordados estão, por exemplo, inteligência artificial na educação, realidade virtual e aumentada aplicadas a situações de ensino, personalização da aprendizagem em ambientes virtuais, gamificação, computação afetiva, criatividade e metacognição. “Nossa filosofia é aprender fazendo. Ou seja, colocando a mão na massa. Assim, as aulas combinam atividades teóricas com projetos que fazem os alunos ganharem experiência prática sobre os tópicos abordados.”
Como participar
Para se inscrever na especialização, basta realizar o cadastro no sistema on-line disponível no site do curso até dia 24 de agosto. A taxa de inscrição é de R$ 180. Serão selecionados, no máximo, 300 candidatos de todo o Brasil. O processo seletivo consistirá na análise dos documentos enviados durante a inscrição e o resultado final será informado via e-mail. Após a divulgação do resultado, o candidato aprovado deverá manifestar interesse na vaga, também via e-mail, e efetuar o pagamento da taxa de matrícula (R$ 465) em até sete dias. O valor da taxa é idêntico ao da mensalidade do curso, que totaliza 21 parcelas de R$ 465.
Serão oferecidas bolsas de estudos que contemplam isenção total no pagamento da matrícula e das mensalidades. A seleção dos bolsistas será realizada por meio da análise de critérios socioeconômicos e haverá prioridade para a concessão de bolsas a profissionais que tenham experiência na área de ensino e no uso de tecnologias educacionais (veja mais detalhes no site).
Todas as informações referentes ao acesso ao ambiente on-line de aprendizagem e também em relação ao primeiro encontro presencial serão enviadas aos selecionados após a confirmação da matrícula. As aulas no ambiente on-line começarão dia 26 de outubro e o primeiro encontro presencial opcional terá sua data divulgada em período oportuno. Conhecida como a capital da tecnologia, São Carlos está localizada no centro do Estado de São Paulo, a apenas 244 quilômetros da capital paulista, 146 quilômetros de Campinas e 101 de Ribeirão Preto.
“O campo de trabalho e pesquisa em Computação Aplicada à Educação tem crescido muito no Brasil e no mundo. Apenas em 2018 foram mais de US$ 16 bilhões investidos nas EdTechs, empresas de tecnologia voltadas para a educação, segundo o Instituto Metaari”, argumenta o professor Seiji Isotani. “Nossa expectativa com esta segunda turma da especialização é reunir pessoas altamente engajadas, inquietas e motivadas para trabalhar em prol da melhoria da qualidade da educação. Profissionais dispostos a construir o futuro de uma nação por meio de ideias e ações transformadoras, empregando os conceitos mais modernos da computação”, finaliza o professor.
A especialização conta com o apoio do Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) e da Fundação para o Incremento da Pesquisa e do Aperfeiçoamento Industrial (Fipai).
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Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC