No dia 17 de outubro, a Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP lançou o segundo carro elétrico de competição da equipe EESC USP Tupã. O protótipo, batizado de T-02, vai participar da Competição Fórmula SAE Brasil 2016 – uma das maiores competições universitárias do País, que ocorrerá de 24 a 27 de novembro, na cidade de Piracicaba, interior de São Paulo.
A equipe Tupã foi fundada em 2012, a partir da iniciativa de dois alunos da EESC, com o desejo de projetar e construir um carro elétrico de alto desempenho, visando à competição Fórmula SAE. No ano passado, logo na sua primeira participação, o grupo conquistou o terceiro lugar da classificação geral, alcançando boa pontuação nas provas de custo e manufatura, projeto e apresentação.
Evolução Tecnológica
Em relação ao modelo de 2015, o carro deste ano apresenta diversas novidades. A equipe projetou um redutor com engrenagens mais compacto, de fácil montagem e desmontagem, com fixação do motor diretamente ao sistema de transmissão. Além disso, o chassi foi redesenhado e o pack de baterias foi dividido em duas partes que foram alocadas nas entradas de ar laterais do veículo, conseguindo assim uma melhor refrigeração dos componentes internos e facilitando a manutenção.
Outra inovação foi a utilização da impressão 3D para construir o volante, que foi redesenhado para receber uma tela LED com velocímetro e indicador de carga de bateria, além de possuir botões de ajuste de configuração interna de potência, que podem ser acionados com o carro em movimento.
Visando a aproveitar ao máximo a energia das baterias, o T-02 possui um sistema de freios regenerativo, ou seja, um controlador interno detecta quando o veículo está sendo desacelerado e, a partir disso, os motores passam a agir como geradores de energia elétrica. Assim, nos momentos de frenagem, as baterias são recarregadas.
O diferencial eletrônico, utilizado em conjunto com os dois motores – inovação introduzida em 2015 –, foi aprimorado a partir da análise de dados coletados do T-01. Esse componente continua sendo uma das maiores evoluções tecnológicas que o protótipo apresenta, uma vez que não existe em carros comuns, pois eles utilizam um diferencial mecânico.
A ergonomia para o piloto foi significativamente melhorada a partir da utilização de um banco mais bem desenhado que, com o cinto de cinco pontas, o mantém bem fixo e seguro durante o percurso de curvas.
Mais informações: site www3.eesc.usp.br/eformula, Facebook www.facebook.com/usp.tupa
Da Assessoria de Comunicação da EESC