Como implementar a extensão universitária nos currículos de graduação? Série de encontros na USP discute propostas

Visitas aos diversos campi da USP discutem a implementação da curricularização da extensão em cumprimento à regulamentação do Conselho Nacional de Educação

 12/04/2024 - Publicado há 10 meses     Atualizado: 01/11/2024 às 14:09

Texto: Elcio Silva*

Feira de Profissões da USP é um dos eventos que promovem a extensão universitária - Marcos Santos / USP Imagens

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária (PRCEU) da USP iniciou uma série de encontros com o objetivo de discutir e viabilizar a implementação da curricularização da extensão universitária na grade curricular dos cursos de graduação. Os encontros realizados em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) acontecem nos diversos campi com a participação de docentes, membros de comissão de graduação e de cultura e extensão e diretores de unidades de ensino e pesquisa, institutos especializados e museus. Para participação presencial a inscrição deve ser feita neste neste link

Em 2018 o Conselho Nacional de Educação estabeleceu que as atividades de extensão devem compor, no mínimo, 10% (dez por cento) do total da carga horária curricular estudantil dos cursos de graduação. A resolução nº 7/2018 define que se entende por modalidades extensionistas os programas; projetos; cursos e oficinas; eventos; e prestação de serviços. Todas essas atividades devem passar por avaliações continuadas e devem ter seu registro na instituição de ensino superior.

Segundo Marli Quadros Leite, pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP, as atividades extensionistas curriculares “são importantes para a formação integral dos estudantes”. A pró-reitora ressalta ainda a popularização do conhecimento. “Chegou o momento de levarmos a extensão para o currículo. Assim que nossos estudantes saírem para trabalhar neste sentido o impacto social é muito grande. É o meio de integrar definitivamente a Universidade e a sociedade de modo mais amplo.”

Para a implementação efetiva na Universidade de São Paulo foi criado um guia da curricularização, que demonstra diversas dessas possibilidades para aplicação.  A extensão universitária não segue a mesma lógica das disciplinas, com caráter mais abrangente, pode incluir pessoas e parcerias externas em sua execução.

Marli Quadros Leite, pró-reitora de Cultura e Extensão Universitária da USP - Foto: Youtube

Todas as atividades serão registradas e homologadas no sistema Apolo da USP. Cada uma dessas ações voltadas para a sociedade é exercida por estudantes sob a coordenação de um docente.

A Pró-Reitoria de Graduação realizou um trabalho preliminar com a revisão de todas as ementas das disciplinas para identificar as atividades extensionistas para que o cálculo fosse contemplado. O Sistema Júpiter, que engloba as informações de graduação, terá interface com o sistema Apolo para que o cálculo das atividades extensionistas seja efetivamente computado.

Para Aluisio Augusto Cotrim Segurado, pró-reitor de graduação, “não se trata apenas de um cumprimento de regulamentação normativa nos cursos de graduação do Brasil, mas também o reconhecimento da própria USP da importância e da condição imprescindível de incluir no processo formativo dos estudantes momentos de interação com a sociedade, de tal sorte que ele reconheça a importância de sua ação profissional em benefício da comunidade que ele irá servir no futuro”.

Aluisio Segurado, pró-reitor de Graduação da USP - Marcos Santos / USP Imagens

Os encontros visam esclarecer as inúmeras possibilidades para os docentes e estudantes em ações que complementam as disciplinas regulares e aproximam a Universidade da sociedade. Todos os eventos são transmitidos pelo Youtube. Perguntas sobre o tema podem ser enviadas remotamente pelos docentes via formulário do Google. Clique aqui. Os vídeos ficam disponíveis também no site cultura.usp.br.

* Da Assessoria de Comunicação da PRCEU


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