Bloco da Casa de Dona Yayá faz desfile de pré-Carnaval neste domingo

Bloco Dona Yayá, sai neste domingo, dia 4 de fevereiro, a partir das 10 horas, da sede da União de Mulheres de São Paulo e vai até o Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP

 02/02/2024 - Publicado há 3 meses
Bloco Dona Yayá chegando na Rua Major Diogo, em São Paulo – Foto: Acervo CPC/2019

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Neste domingo de pré-Carnaval, dia 4 de fevereiro, o Bloco Dona Yayá fará seu tradicional desfile pelo bairro do Bixiga, na capital paulista, com encerramento na Casa de Dona Yayá, sede do Centro de Preservação Cultural (CPC) da USP. Quem quiser participar da brincadeira pode comparecer à sede da União, na Rua Coração da Europa, número 1.395, às 9 horas para concentração, ou esperar pelo bloco na Casa de Dona Yayá, a partir das 11 horas. O cortejo vai seguir pelas Ruas Conselheiro Carrão, Treze de Maio, Manoel Dutra, Rui Barbosa, Manoel Dutra, Prof. Laerte Ramos de Carvalho e Rua Major Diogo, 353.

O Bloco Dona Yayá foi criado há 24 anos pela União de Mulheres de São Paulo, organização não governamental sediada no bairro da Bela Vista, que atua há mais de 30 anos em defesa dos direitos das mulheres. Inicialmente a proposta do bloco era reivindicar o uso público da Casa de Dona Yayá. O imóvel, destinado em doação à USP, passava desde os anos 1990 por um longo processo de recuperação e restauro  –  depois do qual passou a sediar o Centro de Preservação Cultural da USP, com diversas atividades gratuitas de cultura e extensão universitária.

O bloco continuou saindo nos anos seguintes, com o refrão “Mulheres cadê Yayá? Yayá foi passear!”, e tendo a Casa de Dona Yayá como destino final do cortejo. O desfile só não aconteceu durante a pandemia da covid-19, entre 2020 e 2022. A cada ano o bloco destaca um tema para servir de inspiração para o desfile e para as marchinhas, todas compostas pelos seus integrantes. O tema, desta vez, é o direito ao aborto legal, que é permitido no Brasil em casos de estupro da mulher, risco de vida para a mãe e anencefalia. Recentemente esse procedimento foi suspenso sem justificativa em um dos hospitais de referência da cidade de São Paulo, deixando várias mulheres sem o atendimento adequado.

“Bonecão” da Dona Yayá – Foto: Kássio Massa/Acervo CPC

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No ano passado, o bloco destacou os movimentos coletivos que vêm lutando pela preservação da memória negra do Bixiga e homenageou Madrinha Eunice, sambista e ativista do movimento negro, nascida em 1909 e falecida nos anos 1980. Outro tema sempre presente é a saúde mental, que faz parte da história de vida de Sebastiana de Mello Freire, a Dona Yayá, que viveu na casa que leva seu nome por mais de 40 anos na condição de paciente após o diagnóstico de desequilíbrio mental.

O registro da última saída do Bloco Dona Yayá está disponível no Canal do YouTube do CPC USP ou clique no player abaixo para conferir.

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Texto: Serviço de Informação e Comunicação da Casa de Dona Yayá

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