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Uma parceria entre a USP, representada pela Escola Politécnica (Poli), e a Amazon permitirá que alunos e professores possam usar os serviços de nuvem da empresa norte-americana, no âmbito do programa Amazon Web Services (AWS) Educate, uma iniciativa global para disponibilizar à comunidade acadêmica recursos de cloud computing, com o objetivo de acelerar os esforços de aprendizado relacionados à nuvem. Um memorando de cooperação foi assinado no dia 7 de dezembro.
“A ideia é começar o programa pela Poli e expandir para toda a Universidade”, disse o diretor da Escola Politécnica, professor José Roberto Castilho Piqueira, na cerimônia de assinatura. Também estavam presentes na reunião a diretora para Educação Superior no Mercado Americano do AWS, Ann Merriew; o gerente geral da AWS no Brasil, José Nilo Cruz Martins; e o professor do Departamento de Engenharia Mecatrônica e de Sistemas Mecânicos da Poli, José Reinaldo Silva, que liderou os contatos com a Amazon.
Segundo Silva, a iniciativa nasceu de um pequeno grupo da Poli que passou a pesquisar formas de explorar o universo da nuvem como um serviço para toda a comunidade e não como tema de pesquisa, e acabou fazendo um contato direto com a Amazon Web Services, que acaba de se instalar no Brasil. Os contatos evoluíram e, com apoio da diretoria da Escola Politécnica e da vice-reitoria da USP, chegou-se ao memorando assinado agora. “O próximo passo é começar um processo de discussão para estabelecer uma estratégia de divulgação e criação de programas específicos para o restante da USP usar o cloud da Amazon”, acrescentou o docente.
A Universidade conta com um serviço de nuvem, que é utilizado somente como plataforma de pesquisa para quem estuda o tema, e não como um serviço geral de hospedagem aberto à comunidade. Com esse acordo, os professores e os alunos da Poli ganharão créditos para usar os serviços de nuvem da Amazon em atividades de ensino e pesquisa. Quando for expandido para as demais unidades da USP, estima-se que entre 5 mil a 6 mil pessoas possam acessar o serviço.
Ann Merriew destacou que, ao trabalhar em conjunto com o setor acadêmico, a empresa espera apoiar a construção da indústria de nuvem. “Queremos ajudar na formação de profissionais para o setor, colocando os estudantes que estão sendo formados nas universidades para trabalhar em nuvem, aprendendo habilidades para esse trabalho, desenvolvendo projetos no ambiente do AWS Educate”, disse.
Para a Amazon, o ganho está no fomento à cultura do uso da nuvem. Os alunos que utilizam esse recurso durante sua formação poderão continuar a usá-lo quando estiverem no mercado de trabalho, ampliando, assim, o uso da computação em nuvem. A empresa também desenvolve o programa AWS Research, que prevê o suporte a pesquisas envolvendo computação em nuvem, o que reforça a formação de recursos humanos para a própria Amazon e para o segmento de forma geral.
O encontro serviu ainda como oportunidade para que a Poli e a empresa discutissem alguns temas de interesse comum. A Amazon busca parcerias com grupos de pesquisa para desenvolver projetos colaborativos em rede, com serviço de nuvem. Piqueira citou iniciativas desse tipo no Brasil, como os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCTs) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI). A Poli, que hoje aposta em programas para formação de mentores para startups, teve interesse em saber como a Amazon apoia o empreendedorismo, já que a escola tem buscado estimular os alunos a pensarem também em ter seu próprio negócio. A resposta dada por Ann Merriew é que já existem programas com esse teor nos Estados Unidos e que podem servir de modelo para o Brasil.
Da Assessoria de Imprensa da Poli