Cada um de nós já ouviu um pai se referir à psicologia com desinteresse ao se irritar com malcriações do filho, mas e se esse pai fosse treinado pela mesma psicologia para educar seu filho? Essa é a proposta que está em prática em Ribeirão Preto, e já virou serviço público em Pelotas, no Rio Grande do Sul.
O alvo é a primeira infância, de zero a seis anos de idade. A psicóloga e pesquisadora Elisa Rachel Pisani Altafim, do Laboratório de Pesquisa em Prevenção de Problemas de Desenvolvimento e Comportamento da Criança (Lapredes) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, conta que é importante investir nos pais quando se pensa em um futuro melhor para as crianças.
Na proposta do Lapredes, são usados dois programas para pais e mães. O mais recente, idealizado pela própria equipe da USP, é o Fortalecendo Laços, realizado em escolas de educação infantil e Núcleos de Saúde da Família da cidade, com o objetivo de fortalecer os vínculos.
Desde 2003, os pesquisadores trabalham também com o programa ACT para Educar Crianças em Ambientes Seguros. Validado pelo Lapredes para a população brasileira, o programa de educação dos pais, desenvolvido pela Associação Americana de Psicologia, é considerado uma prevenção universal à violência contra a criança.
Quando são apresentadas as estratégias de disciplina, as intervenções junto aos pais e mães melhoram não apenas o relacionamento com os filhos, mas, segundo a psicóloga, “se quebram ciclos que expõem as crianças a desigualdades e vulnerabilidades.”
Ouça no link acima a entrevista na íntegra.