Para o professor José Eli da Veiga, a escassez de conteúdo sobre a teoria de Charles Darwin pode ser “um problema sério” na maioria das universidades brasileiras. “Falo com base em minha experiência na USP, mas suponho que o mesmo problema ocorra em outras instituições”, estima o colunista. Contudo, ele considera que no Instituto de Biociências (IB) da USP o problema “não chega a ser sério”. “Lá existem professores capacitados nessa área que dão uma formação aos alunos que inclui um bom conhecimento da teoria darwiniana”, afirma. Mas o problema, como ele salienta, é que “a teoria do Darwin está muito longe de ser alguma coisa que se restrinja à biologia.”
Eli da Veiga também destaca o esforço empreendido pelo Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP, que promove um ciclo de conversas mensais com estudiosos da teoria darwiniana. “Começou com o professor Nelio Bizzo, que deu uma abertura de caráter mais histórico e pedagógico”, lembra o professor. Em seguida, o IEA contou com a participação do filósofo Paulo Abrantes. Mais recentemente, o convidado foi o professor Fábio Portela Lopes de Almeida. “Ele fez um trabalho acadêmico que levou à publicação de um livro na Alemanha, em inglês”, ressalta Eli da Veiga. E no próximo dia 7 de junho, como antecipa o professor, o encontro terá como tema a física quântica. O entrevistado será Roberto Dobal Baldijão, autor da tese de doutorado intitulada Quantum Darwinism and Contextuality, defendida no Instituto de Física da Unicamp. Atualmente, o cientista integra o programa de pós-doutorado do Instituto de Física (IF) da USP.
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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