Quatro mulheres venceram o Prêmio Nobel em 2020, o que representa um grande avanço para a representatividade feminina na ciência. Apesar do progresso, Glauco Arbix relembra que as mulheres ainda ocupam parte pequena da premiação, tendo levado, em áreas como medicina, química e física, apenas 4% dos troféus em mais de 120 anos de existência do prêmio.
As laureadas foram Louise Glück, que conquistou o Nobel de Literatura, Andrea Ghez, que levou o de Física, além de Emmauelle Charpentier e Jennifer Doudna, vencedoras no prêmio de Química. Todas “premiações superimportantes”, de acordo com Arbix, que dá destaque às duas últimas.
“Elas desenvolveram a chamada Metodologia Crispr, um método de edição de DNA, que está permitindo grandes avanços na agricultura, no exame de pestes e sementes e na fabricação de vacinas. Está virando de ponta cabeça toda a biologia molecular e toda a bioquímica, abrindo avenidas enormes para a ciência e para a qualidade de vida para todos nós.”
O colunista ainda relembra que os vencedores do Nobel são determinados a partir de votação, em uma banca majoritariamente composta de homens, o que dá ainda mais relevância ao avanço ocorrido na premiação de 2020. “Pela qualidade do que fazem, elas [cientistas mulheres] demonstram uma capacidade muito grande de revolucionar a ciência e a tecnologia para benefício de todos nós.”
Mais informações sobre inovação estão disponíveis no site Observatório da Inovação, do Instituto de Estudos Avançados. Ouça a íntegra no player acima.
Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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