O Saúde sem Complicações desta semana recebe a professora Camila Giacomo de Carneiro Barros da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP para falar sobre labirintite. Ela explica que a doença se popularizou, mas é rara e pode ser confundida com sintomas labirínticos, relacionados ao equilíbrio. “Nem todo mundo que tem tontura, tem labirintite.”
Entre os problemas que podem ser confundidos estão a hipoglicemia, alteração circulatória, efeito colateral de remédios e aumento de pressão. A mais comum é a Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), que é o descolamento ou desprendimento de pedrinhas de carbonato de cálcio que ficam em uma membrana gelatinosa no labirinto.
A VPPB normalmente acontece com pequenos traumas ou movimentos bruscos e causam a tontura rotacional. O tratamento não consiste na ingestão de medicamento, mas de manobra de reposicionamento que movimenta as pedrinhas para voltar ao labirinto.
Camila diz que a labirintite é causada por um distúrbio ou processo inflamatório da orelha média e que dissemina para a orelha interna onde está o labirinto. Os pacientes com essa doenças, além da tontura, também podem ter perda auditiva.
Por Giovanna Grepi