José Eli da Veiga aproveita esta edição de sua coluna para celebrar o aniversário de um dos principais filósofos do século 20 e deste começo do século 21, Edgar Morin, que, no próximo sábado (8), fará 102 anos. Morin não começou a vida como filósofo e sim como antropólogo e, principalmente, sociólogo, “mas a sua principal contribuição teórica é um conjunto de seis livros que ele levou uns 30 anos para escrever e que tem um título genérico, O Método, mas cada um deles tem um tema que começa, por exemplo, pela natureza, e termina – o sexto, no caso – sobre a ética. Esse núcleo teórico importantíssimo é muito, muito pouco conhecido no Brasil. Eu tenho a impressão de que acho que uns dois ou três colegas professores universitários de fato conhecem essa obra gigantesca”.
No Brasil, segundo o colunista, Morin é mais conhecido por suas publicações “satélites” em torno dessa grande obra central teórica e também por seus escritos sobre educação.”Digamos que, no meio dos que se dedicam à educação em geral, ele é um autor extremamente importante. Tem uma obra, mais conhecida por Os Sete Saberes, que foi traduzida pela Unesco para todas as línguas, então, eu falei do Brasil, mas, no mundo, ele é um autor extremamente conhecido, mas não se sabe direito por que tão pouca gente tem realmente se dedicado a discutir a sua obra teórica.”
Nesse sentido, Eli da Veiga chama a atenção para a existência de um livro que pode ser obtido gratuitamente por PDF, intitulado Edgar Morin, Homem de Todos os Séculos, publicado quando o filósofo completou os 100 anos de vida, mas ainda pouco conhecido. “Para aqueles que quiserem ter uma ideia de quem é, é muito simples, porque é fácil de encontrar e baixar gratuitamente na internet. É inclusive uma obra latino-americana, tem a contribuição não só de muitos autores brasileiros, como de muitos colegas da Colômbia, do Peru, Chile etc.”
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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