Fila para transplante de córnea continua crescendo durante pandemia

Com a informação de que apenas uma pessoa num grupo de “70 cegos” efetivamente receberá a doação, o professor Eduardo Rocha lembra que o transplante é “um gesto humanitário”

 14/04/2021 - Publicado há 4 anos

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Nesta edição da coluna Fique de Olho, o professor Eduardo Rocha fala sobre a doação de córneas, atitude importante para que vítimas de cegueira por opacidade da córnea, causada por trauma, infecção, doença herdada ou adquirida, voltem a enxergar. A destinação do órgão aos receptores é realizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Rocha conta que, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus, com remanejamento de equipes de saúde, equipamentos e espaços dos centros cirúrgicos destinados para o atendimento de pacientes com covid-19, “alguma quantidade de transplantes é realizada” para que a fila de doação de córneas não fique sobrecarregada. 

Mas, segundo o professor, existe discrepância entre o número de indivíduos que precisam da doação de córnea e os que efetivamente serão transplantados, sendo a proporção de “70 cegos” para uma pessoa que receberá a doação, segundo dados de estudo francês válidos para referência internacional. 

Com essa realidade, Rocha enfatiza a necessidade de doações, adiantando que, no nosso país, todo o processo de destinação do órgão para o receptor é feito por meio de análises microscópicas, exames de sangue e avaliações realizadas por médicos que informam se há impedimento para o transplante.

Para o professor, a doação de córneas é “um gesto humanitário” e relembra aos ouvintes que “o SUS garante todo o processo de doação, análise e distribuição gratuita das córneas”. 


Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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