As queimadas, aliadas a esse período de estiagem que estamos vivendo e a uma intensa poluição do ar, trazem sofrimento aos olhos, os quais são capazes de sentir a temperatura, a umidade ou secura do ambiente – assim como a presença de substâncias irritantes suspensas no ar e variações de osmolaridade – e de alertarem cada um de nós por meio de sensações de desconforto, inflamação e dor, que podem se apresentar na forma de vermelhidão, lacrimejamento ou embaçamento visual. “As sensações desagradáveis causadas pelas queimadas na zona rural, mesmo estando nós aqui, na cidade, são percebidas tanto pela pele como pela garganta, nosso trato digestório e respiratório, mas os olhos possuem essa grande sensibilidade a esses agentes poluentes, que são uma ameaça geral para a saúde. A gente está enxergando o ar desfavorável e essa percepção é muito rápida e a resposta de fechar os olhos, lacrimejar, inchar, como uma tentativa de afastar o irritante, são quase que imediatos”, diz Eduardo Rocha. “O problema é que, nas últimas semanas, a gente está vivendo esse desconforto intenso e prolongado diante de tantas queimadas.”
Para aliviar esse desconforto visual, o colunista recomenda medidas como hidratação e umedecimento dos olhos, “o que pode ser feito com soro fisiológico, mas com boa segurança também, com colírios lubrificantes, o uso de proteção com óculos para ter uma barreira contra vento excessivo, fumaça e partículas que possam cair nos olhos, compressas de gelo por alguns minutos sobre os olhos fechados e um repouso adequado no final do dia para descansar e recuperar os olhos irritados”.
Fique de Olho
A coluna Fique de Olho, com o professor Eduardo Rocha, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h30, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.
.