Para o professor José Eli da Veiga, as discussões que vêm acontecendo na COP 25, de Madri, não são suficientes diante da “emergência climática” mundial. “Afinal, lá se vão décadas de negociações climáticas bem frustrantes”, lamenta o colunista. Ele cita, como exemplo, as discussões sobre a regulamentação do mercado de carbono que acontecem nesse encontro. “Há regras que foram feitas antes do acordo de Paris, em 2015, e que entrarão em vigor em 2020. Se a regra for diferente, o que fazer com os créditos de carbono? Há muitos conflitos de interesses e o tema é controverso”, considera o colunista. A COP 25, da Organização das Nações Unidas (ONU), teve início na segunda-feira, 2 de dezembro, e reúne representantes de quase 200 países.
Eli da Veiga ressalta ainda que algumas declarações evidenciam que o problema do clima é uma questão central, tanto por parte de governos quanto de grupos de empresários, e mostram que há uma “grande hipocrisia”. Mesmo diante deste quadro, o colunista vê com otimismo o futuro dos debates. “Não devemos pensar que têm razão os que preferem discursos catastrofistas, pois é quase certo que, ainda nos próximos anos, na próxima década, essa ‘pasmaceira’ das negociações climáticas pode sofrer uma mudança qualitativa.”
Sustentáculos
A coluna Sustentáculos, com o professor José Eli da Veiga, vai ao ar quinzenalmente quinta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção na Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
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