Como os semicondutores passaram a ser objeto de desejo de todo o mundo

O professor Glauco Arbix conta que os EUA estão investindo pesado nessa área, pois não querem se tornar dependentes de Taiwan, que vive uma situação de tensão com a China

 30/08/2022 - Publicado há 2 anos

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Qual a importância de um país manter o controle da produção industrial de semicondutores? Nos EUA, esse tema está, nas palavras do professor Glauco Arbix, “pegando fogo”. O Congresso de lá aprovou lei que injeta bilhões de dólares na montagem e fabricação de fábricas capazes de produzir semicondutores, uma vez que os americanos perderam essa capacidade para Taiwan. “Os semicondutores se tornaram um objeto de desejo de todo o mundo, em especial dos americanos, que terceirizaram sua produção para outros países”, conta Arbix. A consequência é um aumento ainda maior da tensão existente nas relações entre EUA e China. “O que nós vemos hoje é uma disputa pela primazia, pela prevalência tecnológica e, no caso, chips […] fundamentais para qualquer estratégia que as grandes nações possam fazer.”

Segundo o colunista, a guerra esquentou porque se descobriu que a China está conseguindo produzir semicondutores que, em sua qualidade e eficiência, acabam disputando com outras grandes empresas do setor. Com isso, os americanos decidiram investir pesado na pesquisa de semicondutores, já que não querem ser mais dependentes de Taiwan, que vive uma situação atribulada com a China. Enquanto isso, o Brasil continua subordinado tecnologicamente, já que há muito tempo deixou de investir nessa área.


Observatório da Inovação
A coluna Observatório da Inovação, com o professor Glauco Arbix, vai ao ar quinzenalmente, terça-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.

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