Como a prevenção pode fazer toda a diferença em tragédias como a do RS

“Nós podemos e devemos nos precaver para eventos climáticos extremos ou para qualquer desastre”, enfatiza Renato Janine Ribeiro ao comentar as inundações no Sul do País

 Publicado: 05/06/2024

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“As destruições não são fatos inevitáveis, imprevisíveis, mas devemos nos preparar para elas e tentar limitar os seus desgastes.” Essa afirmação do professor Renato Janine Ribeiro em sua coluna desta semana está, é claro, ligada à tragédia ambiental no Rio Grande do Sul. O colunista faz uma analogia com a ciência moderna e a descoberta de vacinas para a prevenção de doenças como a varíola para reforçar a ideia da importância da prevenção como uma etapa importante, que se aplica nas mais diversas situações. “Essa ideia de uma medicina preventiva vem junto também com toda uma série de outras ideias, vamos perceber, por exemplo, que pode acontecer uma tempestade. Se nós sabemos que vai acontecer uma tempestade pela meteorologia, e para isso precisamos de um serviço meteorológico muito potente, muito qualificado, que invista realmente dinheiro em equipamentos e pessoas, então nós podemos conectar isso com a Defesa Civil e avisar. Então, se vai haver uma tempestade horrível, digamos, no Litoral Norte de São Paulo, na região de Petrópolis ou no Rio Grande do Sul, a Defesa Civil pode e deve ser informada com antecedência, de modo a poder tomar as providências, pelo menos para desalojar as pessoas dos lugares perigosos, que é o que uma instituição chamada Cemaden, um centro de monitoramento de desastre naturais do Ministério da Ciência, faz desde dez, 15 anos, criada na gestão da presidente Dilma”, diz o colunista.

Na conclusão de sua análise, ele afirma: “Nós podemos e devemos nos precaver para eventos climáticos extremos ou para qualquer desastre, pode ser também saber que uma estrada, se ela tiver curvas muito fechadas, vai causar mais mortes, então, por isso mesmo que faz já algumas décadas, quando as curvas são muito fechadas se faz uma mudança no asfalto, não é plano, ele é inclinado na direção oposta, para justamente evitar que os carros percam o controle. Então, tudo isso são medidas que demandam muita atuação, muita ação, e esse é o ponto que faltou no Rio Grande do Sul e para o qual devemos estar preparados para o futuro”.


Ética e Política
A coluna Ética e Política, com o professor Renato Janine Ribeiro, vai ao ar quinzenalmente, quarta-feira às 8h, na Rádio USP (São Paulo 93,7; Ribeirão Preto 107,9) e também no Youtube, com produção da Rádio USP,  Jornal da USP e TV USP.

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