Na coluna desta semana, Paulo Saldiva fala sobre as tempestades de poeira e vento que aconteceram na semana passada, no interior do Estado. Diz ele que em regiões áridas, com pouca cobertura vegetal e sujeitas a grandes variações de temperatura ao longo do dia, quando entra uma tempestade muito forte, existem ventos em todas as direções. “De um modo geral, os ventos se encaminham em direção à tempestade até que ela se inicie e depois voltam em sentido inverso, seguindo o caminho da tempestade”. De acordo com ele, o que acontecia somente no Oriente e em regiões desérticas próximas ao Saara e em partes dos Estados Unidos está acontecendo no interior de São Paulo.
“Para quem não acredita em anomalias climáticas, para aqueles que ainda não entendem que é preciso manter uma parte da cobertura vegetal, não só para capturar carbono da atmosfera, mas também para se regular o clima, acho que esta (a tempestade de areia) foi uma enorme demonstração da inconsequência dos nossos atos”, afirma, admitindo que a situação é preocupante no contexto da política ambiental que o Brasil vem praticando já há alguns anos. Ele conclui alertando que ciência e poder público devem fazer um pacto para preservar a saúde do planeta e das pessoas que nele habitam.
Saúde e Meio Ambiente
A coluna Saúde e Meio Ambiente, com o professor Paulo Saldiva, vai ao ar toda segunda-feira às 8h, quinzenalmente, na Rádio USP (São Paulo 93,7 ; Ribeirão Preto 107,9 ) e também no Youtube, com produção da Rádio USP, Jornal da USP e TV USP.
.