A precisão dos dispositivos vestíveis na medição da variabilidade da frequência cardíaca

Segundo Bruno Bedo, pesquisadores e profissionais do esporte devem ser cautelosos ao interpretar dados de VFC de dispositivos vestíveis, especialmente em situações de alta variação no tempo de chegada do pulso

 Publicado: 12/07/2024

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Na coluna Ciência e Esporte o professor Bruno Bedo discute a precisão dos dispositivos vestíveis na medição da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), comparando-a com a obtida por eletrocardiogramas (ECG). Relógios inteligentes usam fotopletismografia, uma tecnologia que emite luz verde no braço e mede a luz refletida para calcular a variação da frequência cardíaca.

As medições de variabilidade da frequência cardíaca derivadas da fotopletismografia são equivalentes às obtidas por eletrocardiogramas? A VCF no tempo de chegada do pulso pode afetar a precisão das medições por dispositivos vestíveis; para pessoas com menor variação nesse tempo, as medições dos dispositivos vestíveis são mais próximas das do ECG; a fotopletismografia é geralmente menos precisa na medição da VFC, independentemente do tempo de chegada do pulso.

As implicações práticas dessas descobertas para o uso de dispositivos vestíveis no monitoramento da variabilidade da frequência cardíaca apontam que pesquisadores e profissionais do esporte devem ser cautelosos ao interpretar dados de VFC  de dispositivos vestíveis, especialmente em situações de alta variação no tempo de chegada do pulso, além disso estudos futuros devem explorar outras variáveis e condições, como durante exercícios, para entender melhor a relação entre VFC e fotopletismografia.


Ciência e Esporte
A coluna Ciência e Esporte, com o professor Bruno Bedo, vai ao ar toda sexta-feira às 10h00, na Rádio USP (São Paulo 93,7 FM; Ribeirão Preto 107,9 FM) e também no Youtube, com produção do Jornal da USP e TV USP.

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