USP Analisa #8: Instabilidade política e pandemia de covid-19 afetam retomada econômica

No USP Analisa desta semana, especialistas discutem o cenário econômico nacional e a necessidade de reformas

 03/04/2020 - Publicado há 5 anos     Atualizado: 14/04/2020 às 9:45
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USP Analisa #8: Instabilidade política e pandemia de covid-19 afetam retomada econômica
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USP Analisa
O USP Analisa Vai ao ar pela Rádio USP quinzenalmente às sextas-feiras, às 16h:45, e também está disponível nos principais agregadores de podcast. O programa é uma produção conjunta da Rádio USP Ribeirão Preto (107,9 MHz) e do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP. Apresentação e edição: Thaís Cardoso. Produção: João Henrique Rafael Junior. 

 

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O ano de 2020 começou com uma série de abalos para a economia mundial, que refletiram negativamente no Brasil. As quedas bruscas no Ibovespa, a redução de preços do petróleo e, mais recentemente, a pandemia de covid-19, doença provocada pelo novo coronavírus, trazem uma série de incertezas para a economia nacional. Para avaliar esse cenário, o USP Analisa exibe, a partir desta semana, uma entrevista, em dois programas, com o economista e presidente do Banco Ribeirão Preto, Nelson Rocha Augusto, e o professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP, Rudinei Toneto Junior.

Os especialistas iniciam comparando o momento atual com o ano de 2016. “Estávamos já há dois anos de recessão naquela época e com uma queda do PIB que, acumulado, chegou a cair praticamente 8%. A visão naquela época é que qualquer instrumento feito ou qualquer liberação de demanda, com a capacidade ociosa que o País tinha, geraria uma recuperação muito mais forte do que veio”, afirma Rudinei Toneto Junior.

Na conversa, Nelson Rocha Augusto retrata a importância das reformas administrativas que, segundo ele, servem para “dar eficiência ao setor público”, uma vez que a formação dos funcionários é excelente, porém, na iniciativa privada há maior automação dos processos e maiores avanços tecnológicos. “O principal objetivo das reformas administrativas é resolver essas questões, pois o Estado é improdutivo, caro, complexo e cheio de outros tipos de influência que o tornam ineficiente.”

Segundo Toneto, a recuperação da economia brasileira nos últimos anos tem sido lenta, fruto da instabilidade política, e, agora, também por conta da pandemia do novo coronavírus. “O choque Bolsonaro foi extremamente negativo no desempenho econômico. As políticas ambientais têm dificultado a captação de investimentos, as políticas de relações internacionais também afetam essa questão; governar para uma minoria sem olhar para o todo afeta a credibilidade, a retomada de investimento e dificulta a agenda de reformas”, afirma. 

Saiba mais ouvindo o podcast USP Analisa na íntegra.

 


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