Saúde Sem Complicações #64: Mulheres com gravidez ectópica correm risco de morte

Condição em que o embrião se desenvolve fora do útero, a gravidez ectópica ganhou amparo da evolução tecnológica e do diagnóstico precoce

 29/06/2021 - Publicado há 3 anos
Jornal da USP no ar: Medicina
Jornal da USP no ar: Medicina
Saúde Sem Complicações #64: Mulheres com gravidez ectópica correm risco de morte
/

O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe Julio Cesar Rosa e Silva, especialista em Ginecologia e Obstetrícia e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre gravidez ectópica, condição em que o embrião se desenvolve fora do útero.

O que é gravidez ectópica?

É considerada gravidez ectópica o desenvolvimento do embrião em qualquer lugar que não seja o útero, como trompas (mais frequente), ovário, colo do útero ou ainda o mais arriscado, dentro do abdômen da paciente.

Os sintomas mais comuns e que levam a uma investigação da gravidez ectópica são: atraso menstrual e dor em um dos lados do abdômen, geralmente na região das trompas. Segundo o professor Silva, a confirmação do diagnóstico se dá através do ultrassom, preferencialmente a partir da sexta semana, para um melhor diagnóstico. 

Alterações tubárias (nas trompas), endometriose, doença inflamatória pélvica e muitas cirurgias abdominais são alguns dos fatores de risco. Silva diz que esses fatores atrapalham o movimento de peristaltismo (contrações musculares) das trompas, dificultando o deslocamento do óvulo até o útero. 

Para tratar a gravidez ectópica, existem algumas possibilidades, como o acompanhamento da gestação, uso de drogas quimioterápicas que induzem a absorção do tecido embrionário ou ainda a cirurgia de laparoscopia. Minimamente invasiva, esse tipo de cirurgia pode ser realizado de duas formas: a retirada da trompa ou através de um corte nas trompas.


Política de uso 
A reprodução de matérias e fotografias é livre mediante a citação do Jornal da USP e do autor. No caso dos arquivos de áudio, deverão constar dos créditos a Rádio USP e, em sendo explicitados, os autores. Para uso de arquivos de vídeo, esses créditos deverão mencionar a TV USP e, caso estejam explicitados, os autores. Fotos devem ser creditadas como USP Imagens e o nome do fotógrafo.