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O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora e ginecologista Ana Carolina Japur de Sá, do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre a insuficiência ovariana, mais conhecida como menopausa precoce.
A professora conta que o termo menopausa é utilizado para caracterizar a parada das menstruações, decorrente do declínio das atividades dos ovários, na qual a mulher deixa de ovular e perde sua fertilidade. Segundo ela, o episódio tende a ocorrer por volta dos 50 anos; porém, pode acontecer antes e, quando antecede qualquer idade antes dos 40 anos, é definida como precoce.
Ana Carolina explica que as causas do problema são diversas e podem estar relacionadas a alterações genéticas, realização de tratamentos quimioterápicos e radioterápicos, além de complicações e cirurgias no ovário e até mesmo doenças autoimunes. O termo menopausa precoce, apesar de ser o mais usado popularmente, tem sido evitado pelos especialistas, pois os quadros podem ser reversíveis em alguns casos. Assim, diz a especialista, o nome correto para o problema é insuficiência ovariana.
A incidência do problema é baixa, atingindo cerca de 1% das mulheres no mundo. E, apesar de ser reversível, tende a ser descoberto tardiamente, principalmente entre as pacientes que tomam anticoncepcional. A médica afirma que o uso do contraceptivo, nesses casos, impede a percepção dos sintomas, dificultando o diagnóstico.
Ana Carolina chama a atenção para as consequências da insuficiência ovariana prematura, que envolve disfunção sexual, infertilidade, ondas de calor, perda da massa óssea. É que, por acontecer muito cedo, pode evoluir para osteoporose e até mesmo problemas cardiovasculares. Segundo a professora, o tratamento para o problema inclui reposição de hormônios como estrogênio e progesterona.