Saúde Sem Complicações #37: Pessoas com vitiligo sofrem preconceito

Autoimune, não transmissível e bastante comum, atinge cerca de duas a cada 100 pessoas e ainda é visto com ignorância por parte da população

 03/11/2020 - Publicado há 4 anos
Saúde sem complicações - USP
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Saúde Sem Complicações #37: Pessoas com vitiligo sofrem preconceito
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O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe a professora Helena Barbosa Lugão, da Divisão de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, para falar sobre vitiligo.

A professora explica que o vitiligo é uma doença de pele não transmissível, caracterizada por manchas brancas no corpo. Diz que o vitiligo é bastante comum, atingindo cerca de duas a cada 100 pessoas. Trata-se de uma doença autoimune, na qual o próprio sistema imunológico ataca e destrói os melanócitos, células produtoras de melanina responsáveis pela pigmentação da pele do indivíduo. 

O vitiligo, segundo a especialista, não apresenta causas bem definidas, podendo ocorrer por fatores genéticos ou externos, como o estresse, e a existência de outras doenças autoimunes, como diabete e tireoidite, por exemplo. 

A professora explica que a doença passa por períodos de ativação e estabilidade. Quando o vitiligo está em fase ativa, quando novas manchas estão aparecendo, os tratamentos são realizados com medicamentos corticoides e imunomoduladores, em forma de cremes e comprimidos. Já na fase estável, são realizados tratamentos para estimular a repigmentação da pele, que podem ser realizados com exposição solar ou com câmeras de radiação ultravioleta, sempre com o acompanhamento de um médico dermatologista.

Mesmo não sendo doença grave ou transmissível, e apesar das várias ações recentes na mídia, desmistificando a questão (como a participação de modelos com vitiligo em campanhas publicitárias para cosméticos, por exemplo), as pessoas com vitiligo ainda sofrem preconceitos que podem afetar a autoestima. Por isso, a professora Helena afirma ser importante o acompanhamento psicológico nesses casos.

 

Para saber mais, ouça o podcast na íntegra no player acima.


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