O podcast Saúde Sem Complicações desta semana recebe o médico dermatologista João Carlos Lopes Simão, da Divisão de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, para falar sobre hiperidrose.
O médico explica que a hiperidrose é o termo utilizado para indicar o estado de transpiração excessiva, que atrapalha e gera constrangimentos no cotidiano do indivíduo. Porém, segundo Simão, apenas cerca de 1% da população mundial realmente sofre de hiperidrose que, muitas vezes, é confundida pelo suor abundante decorrente de outros problemas como obesidade, hipertireoidismo, estresse emocional e ansiedade.
Simão diz que a hiperidrose pode ainda ser causada pelo hiperfuncionamento do sistema nervoso central ou periférico, que produz e recebe os estímulos para suar. Em outros casos, fatores genéticos também predispõem à doença.
Diferentemente do suor excessivo causado por outros problemas e que atingem o corpo todo, a hiperidrose tende a ser localizada. As áreas mais atingidas são as palmas das mãos, as solas dos pés, axilas, tronco e também o couro cabeludo. E, para tratá-la, explica o dermatologista, precisa ser feita uma avaliação prévia do seu grau. Os casos mais leves são tratados com o controle de peso, evitando alimentos termogênicos, como café e proteínas, e o uso de produtos que inibam o suor. Já os casos mais severos requerem medicamentos, aplicações de toxina botulínica e, em último caso, procedimentos cirúrgicos.