Com a pandemia do novo coronavírus, hospitais e laboratórios ao redor do mundo correm contra o tempo, tentando descobrir mais sobre a doença e poupar o maior número de vidas. No Brasil, os hospitais de referência e os laboratórios científicos estão, em grande maioria, vinculados às universidades públicas federais ou estaduais. Apesar de sofrerem com o sucateamento da ciência e educação, essas universidades estão dando o seu melhor para frear o avanço da covid-19.
No episódio de hoje, o Pílula Farmacêutica conversou com a acadêmica Giovanna Bingre, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP em Ribeirão Preto (FCF-RP). Ela conta que uma das contribuições da pesquisa universitária tem sido a da administração do plasma sanguíneo de pessoas curadas do coronavírus em pacientes em condições críticas.
A eficácia desse tipo de tratamento está sendo avaliada pela Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, pelo Hospital Albert Einstein e pelo Hospital Sírio-Libanês. Giovanna diz que “é esperado que os resultados sobre a eficácia deste tratamento saiam em três meses, mas, até agora, as evidências encontradas mostram que os pacientes que realizaram o tratamento apresentaram melhoras nos sintomas”.
Além disso, outra mobilização acadêmica é em relação à produção de respiradores mecânicos. A falta desses aparelhos vem sendo um dos maiores problemas relacionados à capacidade do sistema de saúde no combate ao coronavírus, visto que uma parte dos infectados precisa desse aparelho para poder respirar. Várias universidades brasileiras — entre elas, a USP — têm se mobilizado para criar alternativas logisticamente viáveis para este momento.
Saiba mais ouvindo este episódio do Pílula Farmacêutica na íntegra.