Pílula Farmacêutica #117: Recente no Brasil, ácido kójico apresenta diversos benefícios no cuidado da pele

Substância é utilizada em vários produtos, desde a indústria alimentícia até a farmacêutica e dos cosméticos, em especial no tratamento de manchas

 06/03/2023 - Publicado há 1 ano     Atualizado: 09/03/2023 as 13:46
Pílula Farmacêutica - USP
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Pílula Farmacêutica #117: Recente no Brasil, ácido kójico apresenta diversos benefícios no cuidado da pele
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Desde a antiguidade, os cuidados com a pele sempre estiveram em alta. E esta edição do Pílula Farmacêutica fala sobre os benefícios do ácido kójico para a pele e autoestima. É que, para uma rotina de cuidados, é essencial o uso de alguns ácidos, já que são eficazes na limpeza profunda da pele, como adianta a acadêmica Amanda Pereira de Araújo, orientada pela professora Regina Andrade, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP.

Novidade em formulações cosméticas no Brasil, o ácido kójico é bem conhecido dos japoneses desde a década de 80. Segundo Amanda, esse ácido é  produzido a partir de diversos tipos de fungo e é considerado um ácido fraco, por isso é utilizado em vários produtos, desde a indústria alimentícia até a farmacêutica e dos cosméticos, em especial no tratamento de manchas, ou hiperpigmentação – produção de melanina em alta quantidade, que se acumula em determinadas áreas do rosto e forma manchas, conhecidas também como melasma ou manchas de idade. “É importante lembrar que um produto dermatológico age apenas nas camadas superficiais da pele, não atingindo, portanto, as camadas mais profundas”, afirma. 

Amanda conta que o ácido kójico atua como um “guarda-costas da  pele”, impedindo a produção de melanina concentrada em pequenas áreas do rosto e, portanto, da formação do melasma, deixando a textura da pele mais uniforme. Apesar disso, alerta que o uso de ácidos deve ser monitorado, principalmente em termos de peles sensíveis, para não desencadear crises de dermatite atópica e psoríase, por exemplo. Como é usado justamente para auxiliar na remoção das manchas causadas por esses tipos de alergias, “é necessário consultar um dermatologista antes do uso”.

Estudos da Divisão de Psicologia do Hospital das Clínicas da USP mostram que a aparência da pele é responsável por determinar a autoestima de vários indivíduos, com impacto direto na saúde mental das mulheres. “Ainda nesse estudo é mostrado que doenças dermatológicas como a psoríase e dermatite atópica são identificadas com maior frequência e são relacionadas com depressão, ansiedade e transtorno de humor. Por isso, é essencial ressaltar a importância dos dermocosméticos para tratar além da pele, mas também a autoestima”, finaliza.


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