Momento Odontologia #15: Emergências médicas em Odontologia

As emergências médicas durante o atendimento odontológico configuram aquelas situações onde existe o risco de morte e, portanto, ações devem ser feitas prontamente, de forma mais correta e rápida possível. Ainda que essas situações possam ocorrer em qualquer momento da vida, o atendimento odontológico propicia condições que podem facilitar essas ocorrências; podemos citar como exemplo a ansiedade e o medo do tratamento dentário.

 09/05/2019 - Publicado há 6 anos     Atualizado: 31/05/2019 às 10:44
Momento Odontologia - USP
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Momento Odontologia #15: Emergências médicas em Odontologia
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A prevenção se faz conhecendo adequadamente a saúde de seu paciente. A avaliação pré-operatória de pacientes que irão se submeter a tratamento odontológico, do ponto de vista sistêmico, deve ser completa, detalhada e exige conhecimento acurado do cirurgião-dentista em reconhecer as manifestações de diferentes patologias.

A anamnese bem conduzida propiciará o reconhecimento de fatores de risco que levarão o profissional a adaptar a sua conduta terapêutica. Estudos têm mostrado que uma parcela importante da população chega à consulta odontológica em condições médicas que exigem a adequação do profissional na conduta do tratamento dentário. Eles mostram que pacientes hipertensos ou com problemas cardiovasculares predominam em relação a outras doenças. Há ainda uma importante parcela da população que chega ao cirurgião-dentista sob o efeito de diferentes medicações, sejam elas prescritas por médicos ou muitas vezes como auto-medicação.

Com isso o profissional poderá reconhecer diferentes situações clínicas que podem influir no tratamento odontológico: ansiedade e medo desproporcionais ao atendimento, alergias a diferentes medicamentos (antibióticos, analgésicos entre outros) e mesmo aos utilizados durante o atendimento, como por exemplo, os anestésicos locais. Outros  casos podem ser citados como os pacientes imunodeprimidos, portadores de doenças infectocontagiosas, portadores de cardiopatias, idosos entre outros. É obrigação do profissional de odontologia reconhecer e avaliar todas as variantes que podem influir nas adequadas condições dos pacientes em seus atendimentos. 

As situações de maior ocorrência estão relacionados ao medo e ansiedade. Se não forem rapidamente reconhecidas pelo profissional, poderão levar o paciente a inconsciências, na prática, desmaios na cadeira odontológica. O reconhecimento dos sintomas estabelecerá a diretriz do tratamento. Detectar os sinais vitais do paciente, (resposta a estímulos, pulso e respiração) darão indicações ao profissional sobre a gravidade do ocorrido. Na ausência desses sinais, o cirurgião-dentista deverá solicitar o mais rapidamente possível o socorro adequado, acionando o serviço de resgate e no caso de uma parada cardiorespiratória deverá saber efetuar a manobras de suporte básico de vida  (reanimação cardiorespiratória de forma correta) para a manutenção da vida até a chegada da equipe especializada. Nesses casos, é importante que a equipe de trabalho esteja capacitada para auxiliar adequadamente o cirurgião-dentista e o consultório odontológico tenha boas instalações físicas e equipamentos adequados. Em outras situações é possível que o profissional tenha que administrar medicamentos que possam minimizar os efeitos clínicos, como antihistamínicos ou epinefrina. Em todos os casos o profissional deve dominar os efeitos dos medicamentos e indicá-los corretamente.

O mais importante a se realçar é que o cirurgião-dentista capacitado tem todas a ferramentas e conhecimento para evitar essa situações, reconhecê-las e solucioná-las. A empatia entre profissional-paciente é fundamental para se evitar situações relacionadas ao estresse e suas consequências.

Ficha técnica:

Edição sonora: Gabriel Soares

Vinheta: Lais Lima Pelozo e Paola Mira

Produção: Rosemeire Talamone e Alexandra Mussolino de Queiroz

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