Neste episódio do Curioso por Ciência, Eduardo Nazaré traz os resultados da pesquisa de Samuel Antonio Freitas, que investigou se os transtornos do sono estão relacionados à evolução da perda cognitiva e à sobrevida de pacientes com Parkinson, após 10 anos de uma primeira avaliação
Ao longo do último século a prevalência da doença de Parkinson aumentou, tornando-se a segunda doença neurodegenerativa mais comum. As causas ainda não estão totalmente esclarecidas, mas os pesquisadores acreditam que podem estar ligadas a fatores genéticos e ambientais.
Na pesquisa, orientada pelo professor Vitor Tumas, os pesquisadores investigaram os aspectos motores, como: tremor, rigidez muscular, instabilidade postural e não-motores da doença, como: problemas de sono e memória, distúrbios emocionais. Esses últimos, muitas vezes, surgem antes mesmo dos sintomas motores, adicionando uma camada a mais na compreensão da doença.
Os resultados revelaram que o grupo de pacientes com sintomas mais graves era composto por pessoas idosas, com menor escolaridade e em estágios mais avançados da doença. Outros fatores correlacionados foram o uso de antidepressivos e o tempo de sono de qualidade. Além disso, o declínio cognitivo mostrou associações com uma maior dose de medicamentos dopaminérgicos. Também foi observado que entre os participantes que os homens tiveram menor risco relativo de óbito e desenvolvimento de demências em comparação com as mulheres.
Essa pesquisa, de mestrado, foi defendida em 2022 no programa de Pós-Graduação em Neurologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP.
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