No Curioso por Ciência desta semana Isabelle Rodrigues traz os resultados de uma pesquisa que avaliou o estado de saúde e de uso de medicamentos de 170 beneficiários de uma unidade de saúde militar no Estado de São Paulo com diagnóstico de diabete tipo 2. Segundo Isabelle, diabetes mellitus é uma doença crônica que afeta mais de 10% da população mundial e o tipo 2 é o mais comum, geralmente associado com a obesidade e o envelhecimento.
Os resultados mostraram que a maioria dos pacientes era do sexo masculino e idosa. Grande parte era composta de militares inativos e seus dependentes, que, em média, visitavam o serviço de saúde seis vezes ao ano e haviam passado por, no mínimo, uma consulta médica no ano de 2019. Um dado preocupante foi a alta taxa de multimorbidade, ou seja, a presença de múltiplas doenças ao mesmo tempo. Quase todos os pacientes, 97,6%, tinham mais de uma doença, sendo a hipertensão arterial e distúrbios do colesterol as mais comuns. Além disso mais de 60% eram usuários de vários medicamentos ao mesmo tempo.
Os resultados mostraram que pacientes que não frequentavam regularmente as consultas médicas e que usavam insulina apresentavam um controle glicêmico inadequado. Ou seja, tinham maior dificuldade de controlar o diabete. “Esses resultados nos mostram que o controle da doença depende de muitos fatores, como a frequência das consultas médicas, a quantidade de medicamentos usados e a presença de outras doenças. Para melhorar os resultados no tratamento, é essencial que os pacientes tenham um acompanhamento regular e que o tratamento medicamentoso seja ajustado de forma personalizada.
A pesquisa Perfil clínico e farmacoterapêutico das pessoas com diabetes mellitus tipo 2 em uma unidade de saúde militar do Estado de São Paulo é o mestrado de André Henrique Freitas de Braga e Bessa, orientado pela professora Julieta Mieko Ueta, no programa de pós-graduação em Gestão de Organizações de Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP defendido em 2023.
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