Curioso por Ciência #29: Pesquisa revela que mortalidade por câncer de esôfago permanece estável nos últimos anos

Resultado reforça a necessidade de melhorar o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos eficazes

 Publicado: 15/07/2024
Curioso por Ciência - USP
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Curioso por Ciência #29: Pesquisa revela que mortalidade por câncer de esôfago permanece estável nos últimos anos
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No Curioso por Ciência desta semana, Eduardo Nazaré traz informações da pesquisa Análise clínica epidemiológica do câncer esofágico em um hospital de referência no interior do Estado de São Paulo, mestrado de Raphael Camerini Maciel O câncer de esôfago é o sétimo tipo de câncer mais comum no mundo e o sexto que mais causa mortes. Infelizmente, a previsão é que esses números aumentem até 2040. Existem dois tipos principais de câncer de esôfago: o carcinoma de células escamosas, que representa 85% dos casos no mundo, e o adenocarcinoma, que vem apresentando um crescimento na população de países desenvolvidos nas últimas décadas.

Para saber mais sobre esse câncer no Brasil, o pesquisador analisou as características de 249 pacientes do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HC-FMRP) da USP com câncer de esôfago e a taxa de sobrevivência no período de 2014 a 2018. A maioria desses pacientes chegaram ao hospital em estágios avançados da doença. Apenas uma pequena porcentagem foi diagnosticada em estágios iniciais. A média de sobrevida geral foi de aproximadamente 18 meses, e a taxa de sobrevivência em cinco anos foi de apenas 13%.

Os pacientes que concluíram tratamentos como quimioterapia e radioterapia, antes da cirurgia, tiveram uma média de sobrevida maior, cerca de 25 meses, em comparação com aqueles que não completaram o tratamento. Aqueles que passaram por ressecções cirúrgicas tiveram uma média de sobrevida ainda maior, cerca de 28 meses, com uma taxa de sobrevivência em cinco anos de 32%. A conclusão da pesquisa é que a mortalidade por câncer de esôfago não diminuiu de forma significativa nos últimos anos. Isso reforça a necessidade de melhorar o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos eficazes.

Raphael defendeu sua dissertação pelo programa de pós-graduação em Clínica Cirúrgica da FMRP, em 2023, orientado pelo professor Ajith Kumar Sankarankutty.

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