Mulheres que recebem mais orientações sobre os perigos do consumo de álcool, tabaco e outras substâncias durante a gestação têm maiores chances de prevenir complicações durante esse período e o parto, além de promoverem o desenvolvimento saudável dos seus bebês. Já a falta de conhecimento e orientações sobre os riscos, leva mães a inadvertidamente consumirem essas substâncias. É o que revela pesquisa em destaque esta semana no podcast Curioso por Ciência, com Isabelle Rodrigues do Dr. Fisiologia.
A pesquisa, Literacia e consumo de substâncias psicoativas na gestação, de Alberto Garcia Dornelas, investigou como o consumo de álcool, tabaco e outras substâncias durante a gravidez pode afetar mães e bebês. Foram analisados dados de 160 mães de uma maternidade na cidade de Ribeirão Preto, São Paulo.
Os resultados mostraram que mulheres que não planejaram a gravidez tinham mais chances de consumir álcool, tabaco e drogas ilícitas durante a gestação. Assim, evidenciou que a falta de conhecimento sobre os riscos do consumo de álcool durante a gravidez está relacionada ao uso dessas substâncias, ou seja, quanto menos as mulheres sabem sobre os perigos, maior é a chance de consumirem essas substâncias durante a gestação.
Além disso, o estudo mostrou que o consumo de álcool durante a gestação estava relacionado a uma menor circunferência do tórax do bebê ao nascer. A conclusão é que o consumo de álcool pode afetar o desenvolvimento do bebê ainda no útero, pois uma menor medida do tamanho do peito pode indicar que existe algum problema no crescimento ou na saúde do bebê.
A pesquisa destaca a importância de educar as gestantes sobre os riscos do consumo de álcool, tabaco e drogas durante a gravidez. Essa conscientização pode ajudar a proteger a saúde da mãe e do bebê.
O trabalho foi defendido em 2022 no Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, orientado pelo professor Erikson Felipe Furtado.
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