Cientistas reproduzem, em laboratório, espécies de plantas e frutas nativas da Mata Atlântica

Engenheiro agrônomo da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, utilizou técnicas de micropropagação para germinação e multiplicação in vitro de cerejeira-do-Rio-Grande e cambucizeiro

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 14/10/2021 - Publicado há 3 anos     Atualizado: 12/11/2021 as 11:57
Novos Cientistas - USP
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Cientistas reproduzem, em laboratório, espécies de plantas e frutas nativas da Mata Atlântica
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Na entrevista desta quinta-feira (14), no podcast Os Novos Cientistas, o engenheiro agrônomo Marcelo Almeida de Oliveira Júnior contou como realizou seu estudo na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, com duas plantas nativas da Mata Atlântica, a cerejeira-do-Rio-Grande (Eugenia involucrata) e cambucizeiro (Camponesia phaea (O.Berg) Landrum), ambas da família Myrtaceae. Utilizando o método de micropropagação, o engenheiro avaliou protocolos de germinação e multiplicação in vitro das espécies. “São plantas que apresentam grande potencial de uso comercial e têm extrema importância no reflorestamento e arborização urbana”, destacou Almeida. O estudo de mestrado denominado Cultivo in vitro de cerejeira-do-Rio-Grande (Eugenia involucrata DC.) e de cambucizeiro (Campomanesia phaea (O. Berg) Landrum) teve a orientação do professor Francisco de Assis Alves Mourão Filho, da Esalq.

A cerejeira-do-Rio-Grande e o cambucizeiro produzem frutos de alta riqueza nutricional, podendo serem comercializados in natura ou processados, contribuindo com a diversificação de produção de fruticultores brasileiros. De acordo com o cientista, a multiplicação comercial dessas fruteiras é realizada por sementes, e é dificultada devido ao baixo potencial de armazenamento das sementes. Os métodos convencionais de multiplicação assexual em ambas fruteiras são ineficientes, e estudos visando as suas otimizações são escassos. “A micropropagação, multiplicação de plantas através de técnicas de cultivo in vitro, vem a ser uma alternativa na produção de mudas comerciais em larga escala dessas fruteiras”, informou Almeida. Para realizar sua pesquisa, o engenheiro agrônomo contou com financiamento do projeto através da chamada universal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), além da bolsa de estudos financiada também pela entidade.

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