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O sambista e compositor Antonio Candeia Filho, o Candeia, é novamente tema no podcast Os Novos Cientistas. Desta vez, como objeto de pesquisa na tese de doutorado desenvolvida pelo músico e pesquisador Igor de Bruyn Ferraz. O trabalho intitulado “Quem quiser pode ir; eu vou ficar aqui”: política, antirracismo e identidade sonora no samba de partido-alto do Candeia, defendido na Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP, destaca a postura política e crítica de Candeia em relação aos rumos do samba e do carnaval, de um modo geral.
No programa desta quinta-feira (29), o Igor Ferraz explicou aos jornalistas Antonio Carlos Quinto e Roxane Ré que, entre as motivações que o levaram a empreender o estudo, está a experiência de ter realizado uma pesquisa de mestrado em que analisou parte da obra musical do sambista. Naquela oportunidade, o pesquisador elegeu como tema de seu estudo dois discos da coleção Partido em 5, volumes 1 e 2, que ele considera ainda inovadores.
Neste doutorado, o músico e pesquisador aborda a postura de Candeia frente a três projetos que mostram a preocupação do sambista com as raízes do samba: a fundação do Grêmio Recreativo de Arte Negra Escola de Samba (G.R.A.N.E.S.) Quilombo; o livro “Escola de Samba: a árvore que perdeu a raiz (1978)”, escrito em parceria com Isnard Araújo, e o lançamento de dois discos Lps intitulados Partido em 5, Vols 1 e 2 (1975 e 1976, respectivamente), analisados no mestrado. “A conjugação de tais eventos estabeleceram um movimento antirracista, cujas bases de sua enunciação política estavam atreladas ao maior símbolo cultural da identidade brasileira: o samba!”, destacou Igor Ferraz.
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