O violonista Raphael Rabello e a agricultura urbana, temas da Rádio USP na semana que passou – Fotos: Reprodução/Soundcloud e Gerhard_Waller/Esalq
O compositor e violonista Raphael Rabello (1962-1995) faria 61 anos no próximo dia 31 de outubro. Para lembrar a data, o programa Especiais Rádio Batuta abordou a vida e a obra do artista na edição que foi ao ar no dia 15. Nascido em Petrópolis, Rabello foi um dos maiores virtuoses do violão da história da música brasileira. Em sua carreira, gravou 17 discos, nos quais fez parcerias com cantores e compositores como Tom Jobim, Radamés Gnattali, Elizeth Cardoso, Dino Sete Cordas e Ney Matogrosso.
Agricultura urbana é alternativa eficaz para melhorar qualidade de vida
Alimentos produzidos sem agrotóxicos e com boa qualidade nutricional e custos relativamente baixos. Essas são algumas das vantagens da agricultura urbana, de acordo com a pesquisadora Mayra Barata, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e da Cátedra Josué de Castro da Faculdade de Saúde Pública da USP. “Isso contribui não só para melhorar a qualidade de vida da população, como também para aumentar a renda familiar dos produtores de alimentos”, diz a pesquisadora.
Professor critica impasse nos debates sobre trabalho informal
Os debates sobre a situação dos trabalhadores informais no Brasil caminham para uma “discussão sem fim”, enquanto as condições desses profissionais beiram o trabalho análogo à escravidão. A crítica é do professor da Faculdade de Direito da USP Jorge Souto Maior, coordenador do Grupo de Pesquisa Trabalho e Capital (GPTC) daquela faculdade e membro do Fórum de Pesquisadores sobre o Trabalho Controlado por Empresas-Plataforma. Segundo ele, o grupo de trabalho criado pelo governo federal neste ano para discutir o trabalho informal – que reúne representantes do governo, das empresas e dos trabalhadores – ainda não chegou a um consenso sobre o que deve ser feito. As discussões estão centradas num ponto inicial – uma regulação que garanta aos trabalhadores a vinculação à Previdência Social –, mas, para o professor, isso não é suficiente.
Ecofascismo é ameaça ligada a eugenismo e nacionalismo extremo
O professor André Felipe Simões, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, analisa o termo ecofascismo – um neologismo relacionado ao pensamento de extremistas que utilizam discursos ambientais para justificar ideias e atitudes preconceituosas, racistas e orientadas pelo ódio. Um exemplo de ecofascismo, segundo o professor, pode ser visto no atentado provocado pelo autraliano Brenton Tarrant, de 28 anos, na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, em 2019, que matou 51 pessoas. Num manifesto, Tarrant afirmou que, ao matar esses indivíduos, estaria acabando com a superpopulação e poderia, assim, salvar o meio ambiente. “O grande risco do avanço da barbárie climática é usar pensamentos eugenistas e um nacionalismo exagerado para justificar o descarte de milhões de indivíduos”, destaca Simões.