Em 2005, a 6ª Vara Federal Criminal determinou que quatro Unidades da Universidade de São Paulo ficassem como fiéis depositárias do acervo do antigo Instituto Cultural Banco Santos e outros segmentos daquele conglomerado que se encontravam em precário estado de conservação. O compromisso assumido pela Universidade foi garantir uma destinação pública a este patrimônio.
A USP tem despendido recursos humanos e financeiros expressivos para tornar o acervo acessível à sociedade. Foram realizados trabalhos de higienização, catalogação e outras atividades curatoriais, que resultaram em exposições, seminários, aulas, palestras e publicações. Além disso, estudantes e pesquisadores nacionais e estrangeiros têm podido investigar e problematizar o acervo, evidenciando sua relevância para a história e a cultura.
A Universidade reitera sua posição de que o acervo deva permanecer como patrimônio público, de forma que possa continuar contribuindo para a formação da cidadania e consolidação do Estado de direito. Nesse sentido, a USP estuda a possibilidade de elaborar medidas judiciais para reverter este quadro.
Ruy Alberto Corrêa Altafim, pró-reitor de Cultura e Extensão Universitária da USP
(Este texto foi publicado no Painel do Leitor, do Jornal Folha de S. Paulo, de 15/05/09)